João Lourenço discursava na aberturada IV sessão do ordinária do Comité Central (C.C). “Precisamos de salvar a Europa para salvar o mundo”, diz.

O líder dos “camaradas” que condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia e a ocupação e anexação de parte do território ucraniano, refere que pela influência que têm sobre cada um dos países em conflito, é importante que Washington DC e Pequim coloquem de lado aquilo que hoje os separa e concertem acções  diplomáticas direccionadas  para a resolução deste conflito na Europa, o que pode ser determinante na salvaguarda da paz e segurança mundiais.

“Temos sido coerentes com a política externa que traçámos, Angola é pela paz, defendemos o respeito do Direito Internacional, dos princípios plasmados na Carta das Nações Unidas, somos contra todas as guerras”, afirmou.

Este conflito, de acordo com João Lourenço,  atingiu proporções de tal ordem que já não basta garantir a paz para a Ucrânia e a normalização das relações entre os dois países, mas sobretudo, assegurar uma paz duradoura para a Europa no seu todo.

Para tal, segundo o presidente do partido que suporta o Executivo desde 1975, implica “necessariamente” haver, em algum momento que se considere adequado, negociações directas entre a Rússia e a NATO, entre a Rússia e a União Europeia.

“O partido deve acompanhar com a devida atenção os últimos acontecimentos que ocorrem no mundo e que prenunciam o retorno à Guerra Fria ou mesmo o desenhar de um cenário pior ao da II Guerra Mundial, com alinhamentos formados por dois eixos antagónicos. Tudo deve ser feito agora para se evitar chegar a esse ponto, mais tarde podemos alcançar o momento de não retorno”, apelou.

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