A Fabrimetal viu-se obrigada a investir pelo menos 1,1 milhão USD numa linha de distribuição de energia para reforçar a potência eléctrica, disse Luís Diogo, director-geral daquela unidade fabril, aquando da participação na rubrica ‘Conversas E&M’, que versou sobre a evolução industrial em Angola.
O investimento, tido adicional por Luís Diogo, foi realizado em 2020 e insere-se no conjunto de despesas efectuadas para melhoria das infra-estruturas da Fabrimetal, empresa do sector da indústria transformadora, instalada no Polo Industrial de Viana, província de Luanda.
Ainda em declarações à ‘Conversas E&M’, Luís Diogo lamentou o estado actual das estradas e outras vias de acesso àquela zona industrial, no município de Viana, na qual estão instaladas pelo menos 258 empresas.
“Há um conjunto de infra-estruturas que têm de ser reforçadas”, disse o director-geral da Fabrimetal, referindo-se ao saneamento básico e água.
Apesar do investimento feito para aumentar a potência eléctrica naquela unidade fabril, o gestor considera ultrapassada a problemática da energia no País, pois houve melhorias na produção. O problema, como se pôde depreender das declarações à ‘Conversas E&M’, está na distribuição.
“Uma coisa é a produção de energia eléctrica, que Angola felizmente já tem bastante, outra são as linhas de distribuição”, declarou o empresário luso, residente em Luanda há, sensivelmente, dezassete anos.
O gestor empresarial, à frente da Fabrimetal, pioneira na produção de aço em grande escala no País, abordou a indústria angolana em duas vertentes.
Primeira, quando o sector do petróleo estava em força. Nesta fase, disse, foi dada pouca atenção à agricultura e à indústria transformadora, “que são os principais sectores de qualquer economia”, em particular a angolana.
A segunda vertente ocorre desde 2017 face à quebra da produção petrolífera e dos preços. “Os decisores do País passaram a dar maior atenção a estes dois sectores (agricultura e indústria transformadora)”, disse.
Antes de 2017, o sector industrial no País, declarou o director-geral da Fabrimetal, era dominado pelo sector petrolífero. As infra-estruturas no segmento da indústria transformadora eram piores.
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