Ao dirigir-se aos angolanos, hoje, segunda-feira, 16, o Chefe de Estado disse que o Orçamento Geral do Estado (OGE) referente ao ano económico 2022 apresentou um desempenho positivo.
Segundo João Lourenço, que falava por ocasião da cerimónia oficial de abertura da II Sessão da V Legislatura da Assembleia Nacional, o bom desempenho das finanças públicas justifica-se pelo saldo fiscal global positivo de 1,02% do Produto Interno Bruto (PIB) em resultado de uma receita de 13,3 biliões de Kwanzas e uma despesa fiscal de 12,8 biliões de Kwanzas.
Igualmente, fez saber que observou-se um saldo primário igualmente positivo de 5,3% do PIB e um saldo primário não-petrolífero de 9% do PIB.
De acordo com o político, que discursou no plenário do Parlamento angolano, registou-se um agravamento do défice primário não-petrolífero para 8,8% do PIB, contrário aos 5,3% do PIB inicialmente previstos no Orçamento Geral do Estado.
João Lourenço disse o registo mencionado resultou do aumento da despesa de capital ligada à conclusão de projectos importantes, à reanimação do crescimento do PIB e do aumento da despesa com os subsídios aos combustíveis devido à subida dos preços da gasolina e do gasóleo nos mercados internacionais.
“Diminuímos cerca de 70 pontos percentuais no rácio Dívida-PIB em apenas dois anos, estando a fazer um endividamento público responsável e sustentado, direccionado para o investimento público gerador de riqueza”, frisou o também chefe do Executivo, informando que em 2020 o rácio era de 139,6%, observando uma diminuição para 87,9% em 2021 e de 69,9% em 2022.
A Lei da Sustentabilidade das Finanças Públicas estabelece o objectivo de reduzir consistente e sistematicamente, no longo prazo, o rácio da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto para um valor igual ou inferior a 60%.