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PATROCINADO

Força de viver

Ângela Canganjo e Cláudio Gomes
7/2/2019
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Foto:
Carlos Aguiar

A sinistralidade rodoviária não poupa ninguém. Um mal que surge na segunda posição nas estatísticas sobre as causas de morte no país, logo a seguir à malária, que não poupa ninguém.

Crianças, adultos, ricos e pobres, famosos e anónimos, culpados e inocentes constam das longas e preocupantes listas de pessoas que foram vítimas de acidentes rodoviários em Angola. Para quem sobrevive, apesar das limitações adquiridas, o fundamental é não perder a força de viver.

Virgílio Mateus da Silva e Edgar Tchipoia, duas figuras públicas angolanas, foram obrigados a aprender a viver diariamente com deficiências motoras resultantes de acidentes de viação. Em 2004, o primeiro, cantor e autor do sucesso de Kuduro “Estamos sempre a subir”, sofreu um trágico acidente rodoviário na zona do 1º de Maio, em Luanda, quando regressava de mais um espectáculo. Hoje vive dependente de uma cadeira de rodas.

De nome artístico Virgílio Fire, o cantor conta que o acidente que lhe condicionou o uso dos membros inferiores foi causado por um camião que, de forma imprudente, o surpreendeu em pleno centro de Luanda. “O camião saiu da zona da Vila Alice em direcção do Largo 1º de Maio e, apesar de eu ter tentado travar e puxar o volante, procurando desviar-me da outra viatura, infelizmente o carro que conduzia embateu com grande intensidade no lancil da estrada”, recorda, afirmando ainda que se dirigia para casa, para descansar, antes de seguir viagem até à província da Huíla, onde tinha um espectáculo agendado.

Virgílio Fire recorda que logo após a colisão da viatura ficou inconsciente, tendo despertado no Hospital Militar (o mais próximo do local) para onde foi transportado e onde recebeu os primeiros cuidados médicos. De seguida, foi evacuado para o hospital Josina Machel (conhecido como Maria Pia), onde foi submetido a mais exames na tentativa de averiguar a verdadeira gravidade da sua situação clínica.

Leia mais na edição de Dezembro de 2018

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