De acordo com o director provincial da Saúde, Avantino Sebastião, até ao momento "não há garantias de quem de direito sobre a renovação dos contratos, tão pouco a possibilidade de envio de novos especialistas".
"Nos últimos dois anos tem reduzido o número de médicos especialistas. Eram 40 e agora só são apenas 10. Têm deixado a província porque os contratos não têm sido renovados”, disse Avantino Sebastião.
Caso a situação prevaleção, saleintou o responsável, dentro de dois meses “já não teremos nenhum especialista”.
Segundo Avantino Sebastião, a situação é do conhecimento dos órgãos superiores, entretanto, estes alegam falta de condições para o enviarem novos especialistas por enquanto”.
A área de Cirurgia, conforme explicou o responsável, é uma das que mais poderá causar constrangimentos aos habitantes da província com a iminente ausência dos especialistas, devido ao elevado número de casos de traumatismo cefálico causados por acidentes de viação que se registam sistematicamente na região.
"A grande preocupação prende-se com as especialidades cirúrgicas. Não temos como adaptar alguém que não é especialista da área para operar pacientes. Na maternidade a situação é muito mais crítica, porque contamos com um único especialista geneobstetra para atender mais de um milhão de habitantes”, lamentou.
Avantino Sebastião informou que 30 médicos da província estão a formar-se em várias especialidades em Luanda, mas só terminam em 2024. "Até lá temos de nos sujeitar com os quadros que temos”, disse.