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Indústria cinematográfica aguarda por mais investimentos

Cláudio Gomes
10/9/2020
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Foto:
DR

Para a directora dos Assuntos Corporativo da Multichoice Angola, Estefânia Sousa, é necessário muito mais do que palavras para que a indústria nacional de cinematográfica se desenvolva.

Em entrevista à exclusiva à Economia & Mercado (E&M), prestada a margem do evento denominado “Media Showcase”, realizado pela primeira vez em Angola, a gestora disse que é preciso que os investidores privados acreditem mais, dêem o suporte necessário aos produtores nacionais de conteúdos locais em audiovisual, por se tratar de um sector que gera muitos empregos directos e indirectos.

Para tal, salienta, é preciso que o Estado disponibilize leis que beneficiem a produção e que se comece a mostrar o que se produz e o que se pode produzir. Na sua visão, só com conversa não se vai muito longe.

“No mercado temos muito profissionais que têm ideias muito boas, mas estão muito focados na questão financeira ou material. É preciso começar a fazer com o disponível”, sublinhou no evento realizado com o objectivo de divulgar a oferta de conteúdos produzidos localmente cidadãos angolanos.

De acordo com a directora dos Assuntos Corporativo da Multichoice Angola, para que os produtores nacionais de conteúdos locais ganhem notoriedade e reconhecimento no estrangeiro, é preciso fazer. “Daí que a indústria cinematográfica angolana precisa de vários actores”, reforçou.  

Neste aspecto, Estefânia Sousa entende que é uma questão de tempo para se perceber que a produção de filmas em grande escala e em grandes quantidade cria empregos. “Não só pela parte criativa, mas muitos empregos indirectos, desde a maquilhadora, a empresa de catering, o iluminador. É uma escala que só tem espaço para crescer”, sublinhou.

Assim sendo, a responsável disse que embora a Multichoice Angola não esteja a prestar um contributo directo em termos financeiros, a empresa de televisão por assinatura tem desempenhado um papel importante. “Pelo facto de levantarmos deste debate enquanto pioneira sobre a temática da necessidade de se estimular esta industria, na eventualidade de os artistas poderem mostrar o seu trabalho”, disse.