Em termos mensais a inflação apresentou uma desaceleração de 0,04 pontos percentuais (pp) em comparação com o mês anterior.
Quanto ao registo homólogo, apontam os dados do INE, a inflação apresentou o menor registo dos últimos sete anos, ao fixar-se em 12,5%. Seria necessário recuar até Dezembro de 2015 para encontrar o menor registo quando atingiu 12,1%.
A inflação homóloga caiu 15,1 pp se comparado com Janeiro de 2022 quando se fixou em 27,7%.
O estudo do INE indica ainda que a classe vestuário e calçado foi a que registou o maior aumento de preços, com uma variação de 1,77%. Também se destacam os aumentos dos preços nas classes: saúde com 1,69%; bens e serviços diversos com 1,19% e lazer; recreação e cultura com 1,12%.
Zaire (1,09%), Namibe (1,07%) e Cunene (1,03%) foram as províncias que registaram maior variação nos preços.
As províncias que registaram menor variação nos preços foram Moxico (0,70%); Cuando Cubango (0,72%) e Bengo (0,75%).
De acordo com o Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, na última reunião do Comité de Política Monetária (CPM), perspectiva-se que a inflação continue o percurso de desaceleração em 2023, terminando o ano entre 9% a 11%.
Sobre o comportamento da inflação em 2022, o governador do BNA afirmou que observou-se uma desaceleração do nível geral dos preços, com a taxa de inflação no final do ano, a alcançar os valores mais baixos dos últimos cinco anos, tendo-se fixado em 13,86%, contra os 27,03% no final de 2021.
O governador do BNA acrescentou que o comportamento da inflação no ano passado deveu-se ao curso da política monetária, à apreciação da moeda nacional em relação às moedas usadas nas trocas comerciais, bem como ao aumento e regularidade da oferta de bens de amplo consumo, com destaque para os bens alimentares.