3
1
PATROCINADO

Acordo nuclear. Irão pede apoio político para manter o pacto

Redacção_E&M
8/7/2019
1
2
Foto:
DR

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros disse, recentemente, que as medidas tomadas sobre o acordo nuclear de 2015 são reversíveis caso os europeus se mostrarem fiéis ao pacto.

Mohamad Yavad Zarif disse que “todos os passos dados pelo Irão podem ser revertidos através da adesão dos três países europeus (Alemanha, Reino Unido e França)” que fazem parte do acordo.

O dirigente iraniano fez tais pronunciamento através de uma mensagem divulgada na rede social Twitter e retomada pela Lusa.

Zarif pediu, na mensagem, aos três países europeus para “pelo menos” darem o seu “apoio político” ao Irão, bem como na Agência Internacional de Energia Atómica, argumentando que França, Alemanha e Reino Unido “não têm qualquer desculpa para se absterem de tomar uma posição política decisiva que mantenha o plano integral” do acordo de 2015,“enfrentando o unilateralismo dos Estados Unidos”, sublinhou o ministro iraniano.

No documento assinado em 2015, o Irão compromete-se a não se dotar de bomba atómica e a limitar as suas actividades nucleares em troca do levantamento de sanções internacionais que asfixiavam a sua economia.

O acordo nuclear não permite que o Irão enriqueça mais do que 3,67% o urânio, mas Teerão anunciou que a partir de agora abandona este compromisso para pressionar os parceiros europeus.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu retirar-se unilateralmente do acordo e restabelecer sanções ao Irão, incluindo no sector petrolífero. Em Maio de 2018, altura em que os Estados Unidos abandonaram oficialmente o acordo, Trump justificou a saída deste pacto ao acusar o Irão de nunca ter renunciado a dotar-se de uma arma atómica (enquanto Teerão sempre desmentiu esta acusação) e de ser a origem de todos os problemas no Médio Oriente.

As novas sanções dos EUA provocaram uma fuga das empresas estrangeiras do Irão, que tinham regressado após o acordo, fazendo cair a economia iraniana numa grave recessão.

Um ano depois, o Irão, considerando que tinha sido muito paciente, mas que os restantes signatários não tinham tomado qualquer medida face à decisão dos EUA, resolveu quebrar o compromisso e anunciou que iria voltar a investir no enriquecimento de urânio.