De acordo com o líder da Comissão de Reforma da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD Angola), o bispo Valente Bizzerra Luís, a construção de escolas e de um polo universitário configuram algumas das principais acções que a igreja que viveu fortes convulsões que colocaram de um lado pastores angolanos e do outro a liderança brasileira levará a cabo no âmbito do seu novo Plano de Acção.

Segundo o líder religioso da igreja, cujas divergências foram sanadas apenas após intervenção dos órgão do Estado angolano (Instituto Nacional dos Assuntos Religiosos), e dos órgãos de Justiça de segurança, a igreja já conseguiu um espaço no distrito urbano do Talatona, província de Luanda, onde se prevê a construção do pólo universitário.

O bispo falava em declarações à TV Zimbo, a propósito da reabertura dos templos da IURD Angola, tendo afirmado que pretenderem, com essas acções, ajudar o Governo na melhoria da condição de vida das comunidades.

De acordo com a Angop, em relação à reabertura dos templos, após oito meses de encerramento, por conta dos conflitos internos na igreja, Valente Bizzerra Luís garantiu que decorre dentro da normalidade, tendo aproveitado a ocasião para convidar os demais membros afastados a juntarem-se numa só corrente de união, uma vez que o sentimento é de alegria.

Inicialmente, a agência nacional de notícias escreve que a igreja reabriu as suas catedrais em Viana, Morro Bento, Patriota, Benfica e Camama, em Luanda, prevendo-se para os próximos dias a mesma medida em Cabinda e na Huíla.

A reabertura dos templos, neste domingo, avançou a Angop, ocorreu depois da confirmação, pelas autoridades angolanas, da direcção da igreja coordenada por Valente Bizzerra Luís.

Os templos estavam encerrados desde Setembro de 2020, na sequência de investigações das autoridades judiciais angolanas a supostos crimes cometidos por bispos e pastores da antiga direcção.

A crise na IURD em Angola resultou de divergências entre pastores e bispos angolanos e brasileiros sobre a gestão dessa instituição e queixas de humilhações, discriminação e crimes económicos. Entretanto, as autoridades governamentais garantem que os conflitos vivenciados na Igreja Universal do Reino de Deus é um exemplo de outras dezenas de divergências entre lideranças e seus membros.