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Kuando Kubango. No coração de África

Redacção_R&S
20/6/2019
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Foto:
Vasco Célio

Na encruzilhada dos rios que vão alimentar o delta do Okavango descobrimos uma terra repleta de sonhos e maravilhas, que luta para ultrapassar momentos dramáticos e crescer, rumo ao futuro.

Para onde quer que se olhe, a paisagem de savana a perder de vista surpreende-nos e maravilha-nos. À medida que vencemos quilómetros de estrada, sempre que há alguma elevação, ao chegarmos ao cimo da mesma aguarda-nos uma linha do horizonte longínqua, sem fim. É esta imensa vastidão que fica impressa na memória de quem chega à província do Kuando Kubango, seja pela estrada que a liga à Huíla, seja pelo caminho que vem do Bié.

Por estradas e picadas, vamos descobrindo os inúmeros cursos de água que serpenteiam a província e que se espraiam nas zonas mais planas que vão encontrando, dando origem a lagoas e pântanos que se transformam em espelhos de água que reflectem um céu de azul intenso pontilhado por nuvens alvas cujo desfilar seguimos como que hipnotizados.

O Kuando Kubango deve o seu nome a dois dos maiores rios que o cruzam, depois de nascerem nas terras altas do planalto e durante o seu percurso em direcção à bacia do Okavango, o imenso delta interior para onde escolheram correr em vez de se dirigirem para o mar. No Sudeste de Angola, a sua segunda maior província tem vivido num relativo isolamento devido às características do seu terreno, que facilmente inunda durante a época das chuvas, e à dificuldade de transpor a distância que a separa da zona costeira do país.

O conflito armado que fustigou o país também não poupou estas terras de onde a população teve de fugir devido aos intensos combates que por ali se travaram e de que são testemunhos os muitos tanques que ainda vamos encontrando abandonados pelos campos. Servidos por estradas nem sempre nas melhores condições e por picadas difíceis de percorrer, os habitantes dos nove municípios da província – Cuangar, Rivungo, Dirico, Cuito Cuanavale, Cuchi,Calai, Nancova, Mavinga e Menongue – vivem, sobretudo, da agricultura, da pesca e da pecuária, embora em Menongue e noutras zonas urbanas mais significativas parte da população se dedique também ao comércio e aos serviços.

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