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“Lucros não se fazem” com isenções, afirma Filipe Nyusi

Victória Maviluka
16/5/2024
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Foto:
DR

Empresários reclamam do facto de que o Estado não paga as suas contas. Presidente da República disse tratar-se de uma situação sensível, que necessita de muito debate e reflexão.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou, esta semana, na abertura da Conferência Anual do Sector Privado, que os empresários que operam no país devem parar de pensar que os lucros se fazem com isenções. 

Sobre a exigência do sector produtivo de isenção do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) no óleo alimentar e sabões, Filipe Nyusi rebateu que eliminar obrigações prejudica a economia.

“Os lucros e as receitas não se fazem em detrimento de eliminação de algumas exigências, senão a economia não se faz. Em 2022, anunciámos medidas de aceleração económica que serão alvo de avaliação”, defendeu o Chefe de Estado, citado pela imprensa local.

Já Agostinho Vuma, presidente da Associações Económicas de Moçambique, reclama do facto de que o Estado não paga as suas contas.

“Como solução, propomos que, a partir dos próximos cinco anos, se inclua, no Orçamento de Estado, uma rubrica específica de pagamento de facturas atrasadas aos fornecedores de cerca de 50 milhões de dólares por ano, para se trazer maior previsibilidade e confiança no sector privado”, sugeriu Agostinho Vuma.

Relativamente ao reembolso do IVA e atrasos no pagamento de fornecedores do Estado, Nyusi disse tratar-se de uma situação sensível, que necessita de muito debate e reflexão, de modo que as mexidas não afectem negativamente o funcionamento da economia.