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Lula reúne com comandantes do Exército, Marinha e da Força Aérea

Cláudio Gomes
10/1/2023
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Foto:
DR

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a falta de resposta imediata e acutilância das Forças Armadas contra os actos de vandalismo aos edifícios-sede dos Três Poderes instalados em Brasília.

Em consequência dos acontecimentos que tiveram lugar no domingo, 8 de Janeiro deste ano, o Presidente da República Federativa do Brasil manteve um encontro a porta fechada com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e com os comandantes do Exército, da Marinha e da Força Aérea. No encontro que teve lugar na manhã de ontem, segunda-feira, 9, aventa-se a hipótese de se responsabilizar os que apoiaram os actos de rebelião contra o Palácio do Planalto, Congresso e o Supremo Tribunal Federal e pedidos de golpe de Estado aclamados por apoiantes radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Por conseguinte, desde o início dos ataques na capital federal, na tarde de domingo, o ministro da Defesa tem estado “fora dos holofotes”, assim como as Forças Armadas, cabendo ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tomar a frente das acções para restabelecer a ordem, segundo a Reuters.

Numa reunião que manteve com os governadores e os presidentes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), Lula “meteu o dedo na ferida” dos responsáveis das Forças Armadas do seu país por não responderem prontamente ao testemunharem a instalação de acampamentos de bolsonaristas junto dos quartéis e ao clamor de golpe de Estado.

“As pessoas estão livremente reivindicando o golpe na frente dos quartéis, e não foi feito nada por nenhum quartel, nenhum general se moveu para dizer que não pode acontecer isso, é proíbido pedir isso”, afirmou Lula, acrescentando que “dava a impressão de que tinha gente que gostava quando o povo estava clamando pelo golpe”.

Para o governante, “dava a impressão” de que alguns superiores militares gostavam dos clamores por golpe lançandos pelos “insurgentes” que apoiam radicalmente o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, que foi internado esta semana numa clínica na Florida, nos Estados Unidos de América (EUA), onde passou a residir depois de ter perdido a eleição.

O Presidente Lula criticou também integrantes do contingente do Batalhão da Guarda Presidencial, do Exército, responsável pela segurança do Planalto, que conversavam amenamente com as pessoas (invasores) “como se fossem aliados”, fundamentando a sua abordagem nas imagens do ataque ao principal edifício da presidência. “Eles querem golpe, e golpe não vai ter”, desafiou citado pela Reuters.