A visita do Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado de imprensa, marca o sexagésimo (60º) aniversário das relações diplomáricas entre os dois países e ocorre na sequência da visita do Chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, a Pequim e Cantão em Abril de 2023.
"Os contactos vão concentrar-se nas crises internacionais, nomeadamente a guerra na Ucrânia e a situação no Médio Oriente, as questões comerciais, a cooperação científica, cultural e desportiva, bem como as nossas acções comuns para enfrentar os desafios globais, em particular a emergência climática, a protecção da biodiversidade e a situação financeira dos países mais vulneráveis", acrescentou a Presidência francesa em nota.
Aquando da visita à República Popular da China, Emmanuel Macron apelou ao homólogo chinês para "chamar a Rússia à razão" relativamente à Ucrânia "e para que todos regressem à mesa das negociações".
Um ano depois, relata a Agência France Press (AFP), a análise francesa sobre as relações sino-russa mantém-se, alegando que Pequim continua a ser o principal aliado político e económico de Moscovo, de tal forma que o diálogo com a superpotência chinesa, relativamente ao conflito russo-ucraniano, permanece uma prioridade.
"Temos de continuar a envolver a China, que é objectivamente o actor internacional com maior influência para mudar a mentalidade de Moscovo", disse uma fonte diplomática francesa à AFP, reconhecendo que não se pode esperar uma grande mudança ”de um dia para o outro”.
"Com esta visita, a França demonstra que é um dos poucos países do mundo capaz de manter canais de discussão a todos os níveis com a segunda maior economia do mundo, a China, numa altura em que as relações com os Estados Unidos e o Reino Unido são tensas. Trata-se de uma mais-valia única para a França", acrescentou a mesma fonte diplomática.
O Presidente russo, Vladimir Putin, deve visitar a República Popular da China em Maio deste ano.