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Nigéria cai e África do Sul assume 'coroa' de maior economia do continente, prevê FMI

Sebastião Garricha
19/4/2024
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DR

O Egipto, que ocupou a primeira posição em 2023, deverá cair para o segundo lugar, atrás da África do Sul, principalmente devido a uma série de desvalorizações cambiais.

As previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) indicam que a Nigéria, outrora considerada a maior economia de África, deverá cair para o quarto lugar este ano, perdendo o estatuto para a África do Sul.

A Nigéria e o Egipto registaram uma recessão nas suas fortunas económicas devido à inflação elevada e a uma desvalorização acentuada das suas moedas.

Desde que assumiu a presidência da maior economia de África (Nigéria), Bola Tinubu  lançou uma série de reformas, nomeadamente a implementação de uma flutuação da moeda, a eliminação do subsídio de longa data aos combustíveis do país e a resolução da escassez de dólares.

Apesar de uma recuperação recente, a naira (moeda nigeriana) continua 50% mais fraca em relação ao dólar, se comparada ao seu valor antes da posse do presidente Bola Tinubu.

Na mesma condição perfila o Egipto, que  ocupou a primeira posição em 2023. Além de ser um dos países emergentes mais endividados do mundo e o segundo maior mutuário do FMI, depois da Argentina, a libra do Egipto também desvalorizou em mais de 35% para abrir a porta a empréstimos adicionais do Fundo Monetário Internacional.

Entretanto, ao contrário da naira da Nigéria e da libra do Egipto, o valor do rand da África do Sul tem sido determinado há muito tempo pelos mercados financeiros, registando uma desvalorização de cerca de 4% em relação ao dólar este ano.

Prevê-se, no entanto, que a economia sul-africana beneficie de melhorias no seu fornecimento de energia e de iniciativas para enfrentar os desafios logísticos, podendo, segundo a Bloomberg, assumir o estatuto de maior economia do continente.

De acordo com o World Economic Outlook do FMI, o Produto Interno Bruto (PIB) da Nigéria está estimado em 253 mil milhões de dólares com base nos preços deste ano, ficando atrás do da Argélia com 267 mil milhões de dólares, do Egipto com 348 mil milhões de dólares e do da África do Sul com 373 mil milhões de dólares.