O poço foi perfurado no prospecto de exploração Ndungu, localizado a cerca de 130 quilómetros da costa, uns dez quilómetros a nordeste da Unidade Flutuante de Produção e Armazenamento (FPSO) de N’goma e a dois do campo de produção de Mpungi.
De acordo com o Jornal de Angola que cita a empresa italiana Eni e a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), o poço foi perfurado pelo navio-sonda “Poseidon” à profundidade de 1.076 metros, com a indicação de produção em termos de fluxo do poço de mais de dez mil barris de petróleo por dia.
A ANPG considera, segundo o jornal, que o poço Ndungu representa a primeira importante descoberta de petróleo feita em Angola dentro de uma área de desenvolvimento existente e confirma a importância da recente oportunidade dada pelo Decreto Legislativo Presidencial Nº 5/18, de 18 de Maio.
O referido decreto estabelece o regime jurídico sobre as actividades de pesquisa dentro das áreas de desenvolvimento, dando suporte legal à estratégia de exploração dos campos marginais, uma alternativa à ocorrência de novas áreas de desenvolvimento.
Quatro mil milhõesde barris
Durante o mês Março, na apresentação da estratégia da empresa para o próximo triénio, o presidente executivo da ENI, Claudio Descalzi, considerou Angola “um grande exemplo do modelo de exploração e de aplicação da tecnologia”, tendo anunciado a entrada em produção dos poços Kalima e Afoxé dentro de três anos. “O Bloco 15/06 é um grande exemplo do nosso modelo de exploração”, disse o gestor.
“Até agora perfurámos 21 poços com uma taxa de sucesso de 86%, descobrindo mais de quatro mil milhões de barris com uma produção de mais de 150 mil barris por dia”, disse o presidente executivo da petrolífera, salientando que nos últimos meses, “fizemos três grandes descobertas de óleo leve. Em Kalima e Afoxé estimamos ter 400 a 500 milhões de barris e há algumas semanas descobrimos um novo gigante em Angola, que pode conter até 650 milhões de barris”.