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“O mercado da fotografia em Angola atingiu níveis muito elevados” – José Cola, em memória

Redacção_E&M
14/9/2021
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Foto:
DR

José Cola faleceu neste domingo, 12 de Setembro, numa unidade hospitalar, em Luanda, onde esteve internado na sequência de um acidente de viação sofrido há cerca de duas semanas, no Porto Amboim.

Há sete anos, em entrevista à Economia & Mercado, a malogrado fotojornalista angolano José Cola, falecido ontem, afirmou que “o mercado da fotografia em Angola atingiu níveis muito elevados”, na sequência do aumento da concorrência, que “vem apenas beneficiar a boa qualidade de imagem e de serviços que os clientes gostariam de ter”.

Nas vestes de presidente da Associação dos Repórteres de Imagem de Angola (ARIA), José Cola afirmou que o fotojornalismo não se resume apenas na publicação de matérias no órgão onde ou para quem se trabalha. A fonte considerou que os profissionais angolanos têm capacidade para ombrear com os estrangeiros e defendeu que esta actividade passe também pela publicação de livros e realização de exposições. Mas lamentou que, na altura, ainda houvesse poucos apoios e outras políticas de incentivos à classe.

“Tudo estamos a fazer para arranjarmos uma linha de crédito em benefício dos grandes profissionais angolanos, mas eu, apesar de ser fotojornalista, quando tenho uma folga faço de tudo um pouco”, admitiu o também fotógrafo desportivo, falecido neste domingo, 12 de Setembro, numa unidade hospitalar, em Luanda, onde esteve internado na sequência de um acidente de viação sofrido há cerca de duas semanas, no Porto Amboim, província do Kwanza Sul.

Segundo o Jornal de Angola, numa mensagem de condolências, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, escreveu que "José Cola deixa um vazio difícil de preencher e um legado que tem servido ao longo de mais de duas décadas de serviço, como fonte de inspiração para quadros que abraçam a carreira”.