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O regresso do Estado

José Gualberto Matos
1/3/2021
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Foto:
Carlos Aguiar

A Covid-19, que quase paralisou o mundo, veio revelar o papel do Estado nos momentos de crise. A questão que se coloca é saber em que medida esta crise poderá modificar o conceito de capitalismo.

A história do capitalismo mostra uma evolução cíclica, com períodos em que predominou o laissez-faire e a presença do Estado. Não há dúvida de que estamos a assistir a mais um regresso do Estado.

As políticas neoliberais centram-se numa visão de Estado mínimo como sinónimo de eficiência, baseada na auto-regulação dos mercados e em políticas sociais muito austeras. Mas aqueles que defenderam a racionalidade neoliberal clamam hoje pelo socorro do Estado para salvar as suas empresas.

Assistimos, assim, à injecção massiva de fundos públicos nas principais economias capitalistas para manter vivo o tecido económico, ao mesmo tempo que os Estados se empenham afincadamente no financiamento da pesquisa e produção em tempo recorde de vacinas contra a pandemia. É o Estado providencial de regresso. Até o presidente francês Emmanuel Macron diz agora que é preciso confiar no Estado e que o mercado não pode regular tudo.

Leia o artigo completo na edição de Fevereiro, já disponível no aplicativo E&M para Android e em login (appeconomiaemercado.com).

The return of the State

The pandemic COVID -19, which suddenly almost brought the world into a state of paralysis, has revealed the fundamental role of the State in times of crisis. The question arises now is to what extent this crisis may change the concept of capitalism.

The history of the capitalism is one of a cyclical evolution, with periods when both laissez faire and the presence of the State were predominant. Undoubtedly, we are witnessing again the return of the State.

The neoliberal policies revolve around a vision of minimal State as synonym of efficiency, predicated upon self-regulating markets and severe austerity measures in social policies. However, those who have defended the neoliberal rationale are now crying out for the State’s support in order to save their businesses.

We are, therefore, watching a massive injection of public funds into the major capitalist economies to keep their economic fabric alive, while States are intensely engaged in financing the research and production of vaccines, in record time, to tackle the pandemic. It is an opportune return of the State. Even the French President, Emmanuel Macron, is now saying that we need to trust the State and that the market cannot regulate everything.

Read the full article in the February issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).