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Obras do Terminal Marítimo de Passageiros acima dos 90 por cento de execução

Redacção_E&M
5/8/2021
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Foto:
DR

Com os níveis de execução física acima dos 90%, o Quebra-mar do Porto de Cabinda vai reduzir os fretes marítimos e custos de mercadorias, actualmente onerado quase o dobro.

Em declarações prestadas esta semana à agência nacional de notícias, o administrador do Porto de Cabinda para o Desenvolvimento Portuário e Obras disse que o frete marítimo de Portugal, com destino a Cabinda, cifra-se em quase o dobro da mesma origem com destino ao porto de Luanda.

Manuel Nunes Barata explicou, à Angop, que o contentor de 20 pés da Europa para Luanda custa cerca de 1.700 euros, enquanto que, com destino ao porto de Cabinda, o valor é superior e atinge cerca de 3 mil e 200 euros, valor acima do dobro do frete para a capital do país.

Segundo o gestor, espera-se que com a conclusão das obras do quebra-mar prevista para finais deste ano, vai pôr-se fim ao elevado custo que os armadores aplicam nas mercadorias a transportar.

Por outro lado, o administrador do Porto de Cabinda para o Desenvolvimento Portuário e Obras sustentou que o quebra-mar é uma infra-estrutura que vai travar o impacto das calemas, que constantemente agitam o mar da costa de Cabinda, situação aproveitada por muitos armadores para manterem os fretes altos, porquanto alegam o tempo (duas a três semanas) que os navios fretados ficam ancorados ou imobilizados no largo do Porto de Cabinda.

Segundo Manuel Nunes Barata, o Executivo implementou o projecto justamente no intuito de ultrapassar todos os constrangimentos e fazer circular as mercadorias e pessoas sem sobressaltos para a província de Cabinda.

“Este é um dos grandes projectos para a província de Cabinda em conjunto com o projecto já na fase conclusiva do Terminal Marítimo de Passageiros, cujos níveis de execução estão acima dos 90%", asseverou.

Para Manuel Barata, citado pela Angop, a conclusão destas obras, cujo montante não avançou, apontam para finais deste ano de 2021, com o funcionamento de uma nova cabotagem marítima de passageiros e carga nas rotas Luanda/Soyo/Cabinda.

O administrador do Porto de Cabinda para o Desenvolvimento Portuário e Obras explicou também que os navios com cargas contentorizadas vão ter acesso a uma zona de acostagem de cerca de 360 metros de quebra-mar e calmia marítima, contra 110 metros da zona de acostagem da actual ponte metálica não protegida contra a agitação marítima.

No seu entender, as acções em curso permitirão a acostagem ao mesmo tempo de dois (2) navios de 100 a 120 metros, para além da rampa de acostagem para barcaças rasas, que têm atracado na zona costeira adjacente ao porto, com segurança nas descargas e cargas de contentores e viaturas.

Está também em construção a rampa de betão que vai receber os navios "RoRos", com capacidade para transportar cerca de 10 viaturas, 9 a 10 contentores,  e cerca de 60 a 70 passageiros sentados.

Explicou que o navio Catamaran é uma embarcação que vai permitir o transporte de pessoas entre Soyo e Cabinda e vice-versa e que irá fazer também o trajecto marítimo para Luanda, com o mesmo objectivo de transporte de pessoas e mercadorias.

Diariamente, o navio Catamaran vai transportar entre 500 a 600 pessoas, numa média de 3 a 4 viagens diárias, entre Cabinda/Soyo/Cabinda, com a duração de cerca de 2 à 3 horas, numa rota que vai compensar a circulação de pessoas de Luanda/Soyo/Cabinda e vice-versa.