Em comunicado, a companhia brasileira informou, ontem, quinta-feira, 2 de Setembro, que após vencer a licitação pública internacional lançada em Janeiro pela petrolífera angolana Sonangol, procedeu a assinatura do respetivo contrato para construir o Terminal Oceânico da Barra do Dande, sobre o Atlântico e a cerca de 60 quilómetros a norte de Luanda.
Avaliado em 420 milhões de euros, de acordo com a nota da OEC, o contrato inclui a conclusão do Parque de Armazenamento de Produtos Refinados e a construção de uma doca para navios, “infra-estruturas consideradas indispensáveis para a ampliação da capacidade de importação, exportação e armazenamento de derivados de petróleo" do país.
Segundo a Lusa, a construtora brasileira de obras públicas explicou que o terminal marítimo será o maior parque de armazenamento de Angola, com uma área equivalente a 22 campos de futebol, e que é uma prioridade para a economia do país africano porque permitirá aumentar significativamente as suas exportações.
O parque de armazenamento terá capacidade para 580 mil metros cúbicos de combustíveis líquidos (gasolina e diesel) e 102 mil metros cúbicos de gás liquefeito de petróleo (GLP).
A OEC acrescentou que vai iniciar as obras ainda este mês e que o projecto vai gerar cerca de 3.500 empregos directos.
Citado em comunicado, o director superintendente da OEC para África, Marcus Azeredo, afirmou que a vitória foi garantida numa licitação disputada por oito grandes empresas com actuação global e que o projecto de engenharia da companhia brasileira saiu vencedor por esta ser especializada exactamente nesse tipo de obras.
A OEC opera em Angola desde 1984, quando adjudicou o contrato de construção da central hidroelétrica de Capanda, com capacidade para gerar 520 megawatts de energia. A brasileira é também responsável pela hidroelétrica de Laúca, projeto que está por concluir e que inclui obras em habitações, autoestradas e gasodutos, e pela construção da refinaria de Cabinda, cujo contrato de 920 milhões de dólares foi adjudicado em Março.
A OEC é subsidiária integral da Novocor (novo nome comercial da Odebrecht) e atualmente oferece serviços nos segmentos de construção e engenharia no Brasil, Angola, Panamá, Peru e República Dominicana.