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“Penso que a Nigéria precisa, antes de mais nada, de diversificar a sua economia”, sugere director do departamento africano do FMI

Sebastião Garricha
23/4/2024
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Foto:
DR

A opinião de Abebe Aemro Selassie surge em resposta à pergunta sobre o que recomendaria para a economia nigeriana no que se refere à ‘queda livre’ do Naira.

O director do Departamento Africano do Fundo Monetário Internacional (FMI), Abebe Aemro Selassie, entende que a Nigéria precisa, antes de mais nada, optar pela diversificação da sua economia para fazer face à ‘queda livre’ da Naira. Para Abebe Aemro Selassie, isto também se aplica aos recursos dos quais o governo nigeriano depende, ou seja, demasiado do petróleo e insuficiente das receitas não petrolíferas.”

“Para um país como a Nigéria, o país mais populoso de África, com todas essas necessidades de despesas de desenvolvimento, pensamos que é problemático que a receita fiscal em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) seja de apenas 8-9 por cento, quando deveria ser muito mais elevada para que mais recursos possam ser gastos em construção de universidades e na construção de infraestruturas”, sugeriu.

Respondendo a uma pergunta sobre o que recomendaria para a economia nigeriana, no que se refere à ‘queda livre’ do Naira, Abebe Aemro Selassie sublinhou que cabe inteiramente aos nigerianos e ao seu governo escolher as sugestões de políticas a implementar. 

Além disso, o director do Departamento Africano do FMI assumiu que o governo nigeriano está actualmente a adoptar uma abordagem correcta, que tinha sido sugerida anteriormente pelo credor internacional. 

“Na área monetária e cambial, também é, pensamos, importante ter um sistema que seja amplamente reflexivo das condições de oferta e procura, e penso que é nessa direcção que o governo se moveu”, acrescentou.

Dados indicam que, durante quase um ano, a economia da Nigéria sofreu alguns dos reveses mais graves da história, “resultante” de algumas políticas económicas implementadas pela nova administração do país, incluindo a eliminação dos subsídios à gasolina e a flutuação da moeda (Naira)”.