A situação do pescador duma forma geral é caracterizada como caótica, segundo o secretário-geral da Associação dos Pescadores da Província do Namibe, pelo facto de estar a registar-se queda nas capturas desde 2015 e por não terem acesso ao crédito bancário para a renovação da frota.

“É complexo falar da relação entre pescadores e a banca porque o sector das pescas vive da sazonalidade, por isso não é fácil os empresários acederem ao crédito”, disse Piedade Gomes, tendo acrescentado que os bancos não acautelam os períodos de veda nem os períodos em que os barcos ficam em reparação, muito menos querem saber o período da baixa produção.

Por outro lado, Piedade Gomes, lamentou haver concorrência desleal no mar, havendo embarcações industriais que violam os espaços reservados para pesca artesanal., procurando o lucro fácil. “Há pesca ilegal, feita até por estrangeiros”, denunciou.

A associação de pescas do Namibe controla 40 embarcações entre industrial, semi-industrial e artesanal.

A província dispõe de dois estaleiros de reparação naval, entretanto insuficientes, de acordo com o secretário-geral da Associação dos Pescadores que defendeu investimento em mais estaleiros e modernos.