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Petróleo cai 2% com expectativa do Irão voltar a exportar o produto

Redacção_E&M
22/4/2021
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Foto:
DR

Os preços do petróleo caíram ontem, na quarta-feira, 21, com relatos de um acordo nuclear para o Irão, previsto para Maio, que retiraria as sanções dos EUA às exportações de petróleo dos País.

Para agravar ainda mais o mercado, as agências de notícias informaram que as negociações indirectas entre iranianos e norte-americanos, realizadas em Viena por meio de intermediários europeus, estavam a dar frutos.

"O Governo Biden sinalizou que está aberto a flexibilizar as sanções contra elementos críticos da economia do Irão, incluindo petróleo e finanças, ajudando a diminuir as diferenças nas negociações nucleares”, informou a Reuters, citando fontes envolvidas nas negociações.

O relatório, segundo o Jornal de Angola, acrescenta que os Estados Unidos estão abertos a suspender as sanções contra o banco central do Irão, empresas nacionais de petróleo e petroleiros e vários sectores económicos importantes, incluindo aço, alumínio e outros.

O Brent, a referência para Angola e negociado em Londres, fechou em 65,32 dólares. Já o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, referência para o petróleo dos Estados Unidos, fechou US $ 1,32, ou 2,1%, a US $ 61,35 por barril. Caiu para uma baixa da sessão de $ 60,87 anteriormente.

O Irão referiu que poderia retornar "em alguns meses” ao pico da produção de quase 4 milhões de barris por dia, uma vez que as sanções ao seu petróleo - impostas pelo ex-Presidente dos EUA Donald Trump, em 2018, - forem suspensas. Fontes familiarizadas com a produção de petróleo estimam, actualmente, a produção em cerca de 2 milhões de barris por dia.

Analistas dizem que o suprimento adicional do Irão, sempre que vier, forçará uma reconfiguração do suprimento global de petróleo que pode ser mais baixista do que altista - especialmente com questões sobre o ressurgimento da procura, após novos surtos de coronavírus na Índia, terceiro maior consumidor de petróleo.

Os preços do petróleo caíram para preços negativos históricos de menos 40 dólares por barril, em Abril de 2020, no auge da destruição da procura causada pela pandemia da Covid-19. Os cortes de produção desde a aliança de produtores OPEP + ajudaram o mercado a recuperar-se, acelerando após as descobertas de vacinas para o vírus, em Novembro.

Os 23 membros da OPEP + (compreendendo os 13 membros originais da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, liderada pela Arábia Saudita e 10 outras nações produtoras de petróleo comandadas pela Rússia) decidiu, no início deste mês, aumentar a produção após reter pelo menos sete milhões de barris por dia do mercado no ano passado.

A OPEP + planeia bombear mais 350.000 barris por dia em Maio e Junho, e mais 400.000 por dia em Julho. Não se sabe se continuará com esses planos se o Irão conseguir o seu acordo nuclear até Maio.