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Preços de bens exportados aumentaram mais 19,2 por cento em 2023

Sebastião Garricha
2/5/2024
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DR

No mesmo período, os preços dos bens importados registaram um aumento de 11,7% face ao valor do ano anterior, significando uma aceleração de 20,9 pontos percentuais (p.p).

Angola registou, em 2023, um aumento de 19,2 por cento nos preços de bens exportados, o que representa uma aceleração de 14 pontos percentuais (p.p) em relação ao ano anterior, impulsionados pelo combustível e produtos alimentares, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

No período em análise, os grupos de produtos com maior aumento de preços na exportação, relativamente ao ano anterior, foram: “Bebidas Alcoólicas e Tabacos” com 83,8%, “Pasta Celulósicas e Papel” com 68,7% e “Minerais e Minérios” com 32,5%. 

Por outro lado, os grupos de produtos com maior diminuição de preços na exportação, relativamente ao ano anterior, foram: “Agrícolas e Animais Vivos” com 29,6%, “Pérolas; Pedras e Metais Preciosos, Bijuterias” com 5,3% e “Outros Produtos” com 3,5%, de acordo com o documento do INE.

Durante o mesmo período, registou-se uma desaceleração nos índices de termos de troca de 15,5% comparativamente ao ano anterior (57,18 p.p.), passando de 80 em 2022 para 93 em 2023.

De acordo com o Anuário dos Índices de Preços dos Bens de Exportação e de Importação de 2023, o petróleo exportado contribuiu com 19,18 pontos percentuais para a variação global, com o preço a aumentar em 20,1% relativamente ao valor registado do ano anterior. 

Por outro lado, os preços dos produtos exportados excluindo o Petróleo diminuíram 0,4%, face ao valor registado no ano anterior, contribuindo negativamente com 0,02 pontos percentuais para a variação global.

Preços de bens importados subiram mais 11% em 2023

Angola registou, em 2023, um aumento de 11,7 por cento nos preços de bens importados, com destaque para os alimentos, atenuado, também, pela contribuição negativa de máquinas e aparelhos, com menos 1,1 por cento, e madeira e cortiça, com menos 2,5.

De acordo com o Anuário dos Índices de Preços dos Bens de Exportação e de Importação de 2023, o aumento significou uma aceleração de 20,9 pontos percentuais inferior ao registado no ano anterior. No documento, o INE afirma que os grupos de bebidas alcoólicas e tabacos, com 46,7 por cento, químicos, com 45,2, e dos produtos alimentares, com 32,2, foram os que registaram aumentos relevantes.

A base de trabalho desta publicação é a estatística do comércio externo, que a partir dos registos dos Ministérios dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás, Agricultura e Florestas, Pescas e Recursos Marinhos e Administração Geral Tributária, do Ministério das Finanças, que representam a totalidade das exportações e importações de mercadorias efectuadas pelo país durante 2023, diz o INE.