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PATROCINADO

Preparados 500 mil hectares para acolher PLANAGRÃO no Moxico

Agostinho Rodrigues
21/4/2023
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Foto:
Arquivo e DR

O foco deste plano são às províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico e Cuando Cubango. Cada uma tem uma quota de 500 mil hectares.

A província do Moxico tem disponível cerca de 500 mil hectares para a implementação do Plano Nacional de Fomento da Produção de Grãos (PLANAGRÃO) que pretende aumentar a produção de arroz, milho, trigo e soja para 6.104.282 toneladas em 2027, contra as 3.026.140 toneladas produzidas em 2021, como avançou hoje à Economia & Mercado o governador provincial do Moxico, Ernesto Muangala.

Os 500 mil hectares foram seleccionados em 16 localidades de cinco municipios da província com um histórico agrícola na produção de gãos, nomeadamente arroz, milho, trigo e soja. Tratam-se dos municípios de Camanongue, Cameia, Luau, Alto- Zambeze e Bundas.  

Com 70% de terra aravél, aquela província dispõe de excelentes condiçoões edafoclimáticas, com destaque para a temperatura, precipitações, clima, humidade, vegetação, entre outros factores.

O Moxico conta, igualmente, com abundantes recursos hídricos que permitem o desenvolvimento da actividade agro-pecuária.

“Para além das vantagens acima mencionadas para a implementação do PLANAGRÃO na nossa província, importa salientar a existência do Caminho- de-Ferro de Benguela (CFB), que servirá como canal ou via de escoamento da produção a obter”, diz o governador.

Em exclusivo à Economia & Mercado, Ernesto Muangala adianta que os indicadores da cultura do arroz e outros cereais tendem a aumentar a nivel daquela província.

“Como sabeis esta província já foi o celeiro da produção deste cereal no país, tendo exportado, inclusive os excedentes”, recordou.

Refira-se que PLANAGRÃO está avaliado em 2.8 biliões de Kz cuja implementação começa este ano.

O Plano tem como foco as províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico e Cuando Cubango, embora as restantes províncias também entrem na conta.

A estratégia está a ser financiada pelo Estado, através do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) e o Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA) e desenvolvido pelo sector privado.

O PLANAGRÃO prevê um investimento médio anual de cerca de 670 milhões de dólares para a produção de cereais e cerca de 471 milhões de dólares para a construção de infra-estruturas de apoio ao sector produtivo e social.