No entender do presidente da Associação Industrial de Angola (AIA, a estrutura económica do país e de seus empresários não suporta a contribuição actual e pode ser causa da falência de muitas empresas, que são ao mesmo tempo consumidores de bens e serviços sujeitos à tributação em sede do IVA.
Segundo referiu José Severino, o baixo poder de compra e a alta inflação fazem com que o cidadão consuma menos e os preços sejam mais elevados também face à reduzida oferta e subida da procura.
O líder associativo diz ser necessário estimular-se o consumo das famílias e, nesta equação, os impostos têm de ser mais amigo dos contribuintes. Nas jornadas comemorativas dos 10 anos da Reforma Tributária, que encerrou quinta-feira última, na Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas (ENAPP), o líder da AIA critica um certo elitismo no "modus operandi" da Administração Geral Tributária (AGT) ao que advoga ser preciso eliminar para melhor atender o cidadão-contribuinte.
O actual peso de 23% que tem o IVA na receita global do imposto não petrolífero não faz recuar José Severino, pois entende ele que as consequências são maiores que os benefícios até aqui alcançados.
Na sua intervenção à margem das sessões de debate, o industrial recorreu a história para apontar o sucesso na arrecadação fiscal com uma maior aproximação entre o contribuinte e a autoridade tributária.