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Quénia tem a moeda mais valorizada da África Subsaariana, diz relatório do Banco Mundial

Sebastião Garricha
11/4/2024
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Foto:
DR

Segundo o BM, o valor incremental do xelim está directamente associado ao aumento da taxa básica de empréstimo pelo Banco Central do Quénia (CBK).

De acordo com o último relatório do Banco Mundial, o xelim queniano, com valorização de 16%, assume o estatuto de moeda com melhor desempenho na África Subsariana, superando o kwancha zambiano, que registou uma valorização de 14% em meados de Fevereiro último.

No documento, o Banco Mundial revela que o valor incremental do xelim estava directamente ligado ao aumento da taxa básica de empréstimo pelo Banco Central do Quénia (CBK).

Por exemplo, em Março último, o CBK anunciou, por ocasião da reunião do Comité de Política Monetária (MPC), que manteria a sua taxa básica de empréstimo em 13%, tendo citado, em comunicado divulgado, a valorização do xelim queniano.

“No Quénia, garantir fundos para reembolsar as suas euro-obrigações com vencimento em Junho de 2024 restaurou a confiança e aumentou a procura pela moeda local", descreve o Banco Mundial.

Além de revelar o desempenho do xelim, o relatório do Banco Mundial também prevê crescimento de 5% da economia do Quénia em 2024, explicando que, a médio prazo, a referida aceleração deverá ser apoiada por um aumento do investimento baseado na restauração do acesso aos mercados de capitais internacionais, o que estimulará a confiança dos investidores.

Inflação na África Subsariana

O relatório do Banco Mundial observa, também, que a inflação na maioria das economias da África Subsariana está a arrefecer, "embora parece permanecer elevada”.

Além disso, prevê que a inflação diminua em cerca de 80% dos países africanos em comparação com 2023, mas que ainda chegue a ser superior aos níveis pré-pandemia em 32 das 37 nações.

Referindo-se à inflação média na região, por exemplo, o documento do Banco Mundial indica que deverá cair de 7,1% em 2023 para 5,1% em 2024 e, também, 5% em 2025–26. 

“A normalização das cadeias de abastecimento mundiais, o declínio constante dos preços das matérias-primas e os impactos do aperto monetário e da consolidação fiscal estão a contribuir para uma taxa de inflação mais baixa na região”, esclarece.