A mesa redonda que contou com as presenças dos ministros das Relações Exteriores, Tetê António e da Economia e Planeamento, Sérgio dos Santos, foi realizada em modelo híbrido, presencial e virtual.  

Além dos ministros de Angola, a conferência contou com os oradores Alves da Rocha e Carlos Cunha, ambos de Angola, e Jorge Braga de Macedo de Portugal, que abordaram questões ligadas a comunidade e responderam algumas questões colocadas pela “plateia virtual”.

Ao responder uma das questões, Carlos Cunha frisou que um dos maiores problemas da CPLP é facto de não haver negócio. O empresário explicou que pese embora exista potencial dos mais pequenos, o caminho que tem sido feito é dos pequenos para os grandes. “… Os filhos estudam em Portugal, os tratamentos médicos são feitos em Portugal. Sempre que temos um problema recorremos ao grande, quando devíamos aproveitar as nossas potencialidades, para que se possa também vender e não apenas comprar aos grandes”, frisou o empresário que recordou o forte potencial de serviços que Cabo Verde por exemplo tem, devido a grande qualidade na formação.

Outra questão de destaque, foi a do técnico do Ministério da Economia, Bernardino Francisco, relacionada com a ajuda para o desenvolvimento que União Europeia dá para Angola que é gerido pela Embaixada Portuguesa e pelo Instituto Camões.

O que faz com que boa parte do dinheiro vá para as empresas portuguesas, inviabilizando assim o objectivo da ajuda que é o desenvolvimento das empresas angolanas. Questão a qual Jorge Braga respondeu ser antiga, “... Desde o surgimento da ONU que as ajudas para o desenvolvimento são controversas”.  O economista reconheceu ser uma ajuda pequena, mas necessária.

Entretanto, o responsável frisou que não podem os Estados pensar que a ajuda chega para desenvolver, pelo que, é preciso mais dos próprios Estados.