A informação foi avançada, esta semana, em Luanda, através de um comunicado de imprensa publicada pela instituição, que informa que seriam necessários cerca de 92 milhões de dólares, para contrapor a actual situação de calamidade que afecta a maior parte das populações da região Sul.
O documento informa que as verbas disponibilizadas pelo Fundo de Emergência (CERF) da ONU servirão para dar resposta à crise e reduzir, de alguma forma, o número de pessoas em risco de vida, sendo que os valores disponibilizados representam apenas 6,9% do total das necessidades estimadas.
O comunicado de imprensa refere que o programa será implementado de forma conjunta durante os próximos seis meses pelas Nações Unidas e pelo Governo.
A ONU reconhece, no entanto, que as intervenções a curto prazo não solucionam as perdas causada pelas secas que de forma recorrente afectam a região Sul do país, mas assegura que o Governo angolano desenvolveu recentemente o Quadro de Recuperação Pós-Seca (QRS) 2018-2022, que contou com o apoio de técnico do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
Além das medidas de recuperação de curto prazo, acrescenta lê-se no documento, o QRS também propõe medidas sustentáveis de médio a longo prazo para reduzir a vulnerabilidade e o risco associado da população local a futuras secas, inundações e ao crescente impacto das mudanças climáticas.
As províncias do Cunene, da Huíla, da Namibe e do Bié integram o plano de emergência da ONU, que segundo refere o comunicado, será monitorada pela Equipa de Gestão de Desastres da ONU no país, que é liderada pelo Coordenador Residente e pelo UNICEF.
O Fundo Central de Resposta a Situações de Emergência (CERF) foi criado em 2005 pelas Nações Unidas com o objectivo de responder de forma imediata e ágil a situações de crises humanitárias em todo o mundo.