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Seca afecta mais de dois milhões de pessoas

Redacção_E&M
26/7/2019
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Foto:
DR

Cerca de 2,3 milhões de pessoas, das quais cerca 490 mil crianças com menos de cinco anos, não estão em condições de satisfazer as necessidades nutricionais, indicam estimativas públicadas pela ONU.

A informação foi avançada, esta semana, em Luanda, através de um comunicado de imprensa publicada pela instituição, que informa que seriam necessários cerca de 92 milhões de dólares, para contrapor a actual situação de calamidade que afecta a maior parte das populações da região Sul.

O documento informa que as verbas disponibilizadas pelo Fundo de Emergência (CERF) da ONU servirão para dar resposta à crise e reduzir, de alguma forma, o número de pessoas em risco de vida, sendo que os valores disponibilizados representam apenas 6,9% do total das necessidades estimadas.

O comunicado de imprensa refere que o programa será implementado de forma conjunta durante os próximos seis meses pelas Nações Unidas e pelo Governo.

A ONU reconhece, no entanto, que as intervenções a curto prazo não solucionam as perdas causada pelas secas que de forma recorrente afectam a região Sul do país, mas assegura que o Governo angolano desenvolveu recentemente o Quadro de Recuperação Pós-Seca (QRS) 2018-2022, que contou com o apoio de técnico do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

Além das medidas de recuperação de curto prazo, acrescenta lê-se no documento, o QRS também propõe medidas sustentáveis de médio a longo prazo para reduzir a vulnerabilidade e o risco associado da população local a futuras secas, inundações e ao crescente impacto das mudanças climáticas.

As províncias do Cunene, da Huíla, da Namibe e do Bié integram o plano de emergência da ONU, que segundo refere o comunicado, será monitorada pela Equipa de Gestão de Desastres da ONU no país, que é liderada pelo Coordenador Residente e pelo UNICEF.

O Fundo Central de Resposta a Situações de Emergência (CERF) foi criado em 2005 pelas Nações Unidas com o objectivo de responder de forma imediata e ágil a situações de crises humanitárias em todo o mundo.