Apesar de "despido" da função de concessionária, a Sonangol viu crescer o volume de negócios em 42% face a 2021, de acordo com os dados divulgados hoje (24), durante a conferência de imprensa. Ainda nesta vertente, a EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve um incremento de 44%.

O resultado da EBITDA permite ao conselho de administração da maior empresa pública angolana, que completou hoje 47 anos de existência, perspectivar um resultado líquido positivo no exercício económico de 2022.

De um modo geral, como espelham os dados, o volume de negócios no ano passado foi de 12,6 mil milhões USD, a EBITDA cifrou-se em pelo menos 4,9 mil milhões USD, enquanto o investimento cresceu 46%. Sem apresentar indicadores, a Sonangol disse ter reduzido a dívida com fornecedores.

"Estes resultados decorrem, fundamentalmente, da conjugação das vendas de petróleo bruto e produtos refinados, associados a uma evolução positiva dos preços do barril no mercado internacional", refere a petrolífera angolana, que disse ter cumprido integralmente com todos os acordos internacionais.

Quanto à evolução do segmento da refinação no ano passado, a informação divulgada pela Sonangol dá conta de que houve uma redução de 92 milhões USD no custo de importação de gasolina.

A redução do custo de importação resultou da entrada em funcionamento do Complexo de Produção de Gasolina da Refinaria de Luanda, que quadruplicou a capacidade de refinação, tendo até ao final de 2022 alcançado pelo menos 85 mil toneladas métricas.

De acordo ainda com a informação tornada pública, houve um aumento dos níveis de consumo de refinados para 4,5 milhões de toneladas métricas, correspondentes a 18%, acima do consumo em 2021, resultante do retorno da actividade económica.