A constatação é do economista Daniel Sapateiro, que disse que as altas taxas de juro nos Estados Unidos da América (EUA), como resultado do aumento da inflação, levará a que outros bancos centrais sintam necessidade de aumentar as suas taxas directoras.
Contactado recentemente pela Economia & Mercado, o especialista que fazia uma análise à subida da taxa de juros em 0,50%, disse que o que se pode esperar é um menor consumo das famílias e retracção do investimento público e privado por conta da inflação importada dos países exportadores com níveis de preços muito acima do que preconizam nas suas políticas de preços e de controlo da inflação.
“Angola poderá, por exemplo, sentir a redução da procura e dos preços do petróleo levando a uma menor arrecadação fiscal, de divisas e uma pressão sobre a moeda nacional”, aventou Daniel Sapateiro.
Acrescentando, referiu que o aumento das taxas de juro da Reserva Federal americana (FED), que se encontra no intervalo de 4,25% a 4,5%, resultou das decisão do banco central americano em conter e controlar o Índice de Preços ao Consumidor (ICN)”, vincou Daniel Sapateiro.
O aumento das taxas, em 0,5%, eleva o custo do crédito acima do verificado em 2007, tornando o custo do dinheiro superior ao que vigorava após o surgimento da crise hipotecária de 2008, iniciada nos EUA.