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TAAG precisa de capitalização e quadros qualificados para voar mais alto

Mariano Quissola
16/5/2023
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Foto:
Carlos Aguiar

Recapitalização e aposta no capital humano foram as palavras de ordem na apresentação das contas da empresa de 2022, mas desconhece-se o valor necessário.

A companhia aérea nacional, TAAG, tem previsto a implementação de um conjunto de acções com vista a tornar-se preferência na região e referência de agentes económicos na ligação da áfrica austral ao mundo com foco na sustentabilidade e inovação.

Essa visão foi apresentada esta segunda-feira, 15 de Maio, pela PCA da TAAG, Ana Major, quando apresentava as contas da empresa, referente ao ano de 2022, durante uma conferência de imprensa.

Entre os vários desafios, a gestora destacou a agregação de competências técnicas a 78% do capital humano bem como a recapitalização da empresa, sem, entretanto, precisar o valor necessários para o efeito.

A PCA acrescenta que a “gestão dinâmica de frota TAAG no Novo Aeroporto Internacional de Luanda, as novas Instalações, operação centralizada e novos destinos” constituem os outros factores para a materialização das metas preconizadas.

A gestora considera crucial o reforço do capital humano, razão por que está previsto o recrutamento de 1.400 novos quadros com formação superior até 2027, embora o actual quadro é caracterizado por excesso de pessoal.

“A reestruturação do Capital Humano da TAAG tem que inevitavelmente acompanhar a restruturação das operações. A TAAG apresenta uma estrutura de Capital Humano sobredimensionada face aos seus pares. Deste universo, 78% dos seus trabalhadores requerem uma atenção especial para aumento do nível de competências técnicas”, explica.

Ana Major reforça que a medida “comtempla também o aumento de formação de modo melhorar a absorção da informação com o fim de assegurar mudanças comportamentais mais sustentáveis, e de proporcionar oportunidades de elevação dos níveis de escolaridade ali onde for possível”.

Considerando o facto de a empresa constar da lista dos activos do Estado a serem privatizados nos próximos três anos, a administração da TAAG recusou-se a prestar quaisquer informações sobre o grau de interferência que a mesma poderá ter sobre o plano de negócios.

Transpor, transformar e transcender são os eixos definidos pela empresa para a materialização da visão estratégica, que visa transformar a companhia numa referência na região austral e preferência.

“Capitalização e saneamento complementar em discussão com MinTrans/MinFin, havendo o compromisso desta acção ficar encerrada até ao mês de Junho, operações Frota A220 e frota de longo curso em negociação Objectivo de crescimento (passar de 20 para 50 aviões em 2027)”, são algumas da acções previstas para gerar impacto no furuto, segundo Ana Major.

A comandante de bordo da companhia de bandeira esclarece que a sua administração tem previsto no seu plano de negócios transformar a empresa no sentido abandonar “a visão de ser uma empresa unicamente virada para Angola e prosseguir uma estratégia através da reestruturação e melhoria de desempenho, para se tornar numa companhia aérea de escolha na região e ser a preferência na região e uma referência no mundo”.

Apesar deste ambicioso desejo, a administração da TAAG recusou-se a explicar a actual quota de mercado que controla no continente nem na região austral, alegando estarem focados nas rotas de maior rentabilidade.

“O mais importante é estar na rota que seja rentável, porque há aí realidade que não podemos ultrapassar”, respondeu o administrador Eduardo Farein.