As trocas comercias entre Angola e os Emirados Árabes Unidos (EAU) estão avaliadas em 1,5 mil milhões USD, segundo o presidente da Camara de Comércio e Indústria Angola-EAU, Bráulio Martins, que falava à margem da segunda edição do Fórum Angola Global Business, que decorre de 28 a 30 deste mês e ano, em Luanda. O evento visa reunir empresários nacionais e internacionais num ambiente de negócios a fim de explorarem as oportunidades que as partes têm para oferecer.

De acordo com Bráulio Martins, as trocas comerciais entre os dois Estados engloba o sector diamantífero e outros serviços. Acrescentou que 90% dos diamantes de Angola são exportados para o mercado dos EAU nomeadamente o Dubai.

Sobre as intensões de negócios dos EAU materializados em Angola, afirmou que neste momento uma empresa do sector imobiliário abriu escritório no País e existe uma comunidade de Abu Dhabi com intensões de investir no sector mineiro, agronegócio e na produção animal.

Bráulio Martins garantiu também que o País está a trabalhar no sentido de ter o certificado Halal que vai permitir os empresários angolanos exportar carnes para os EAU de acordo com a lei islâmica.

Volume de negócios da ZEE cresce 60%

A Zona Económica Especial Registou um crescimento de 60% no volume de negócios na passagem de 2022 para 2023, segundo o administrador Executivo Adriano Borja, em declarações aos jornalistas.

Adriano Borja garantiu que a ZEE enquanto membro da organização mundial de zonas francas está em condições de atrair cada vez mais investidores. “Nós neste momento a nossa carteira registou a entrada de 23 projectos que permitem nesta altura alcançar a cifra de 95 empresas operacionais num universo de 176 empresas”.

A ZEE estabeleceu, para este ano, uma meta de 100 empresas operacionais, faltam cinco para o cumprimento da meta. Com estas parcerias, com esses eventos, Adriano Borja acredita que vão conceder maior velocidade ao propósito das empresas operacionais na ZEE.

“Para além de existirem empresas dos EAU na ZEE nós temos uma carteira cada vez maior de interesse de empresários da área de tecnologia, de indústria ligeira manifestado por eles e que vão ser implementados”, afirmou.

Neste momento, aquele que é considerado o maior parque industrial tem cerca de 8 mil postos de trabalhos e pretendem chegar  aos 9 mil ou 9 500 postos de emprego porque são sectores com mão de obra intensiva, são sectores que ajudam a diversificar o ciclo empresarial do País bem como a reduzir a dependência do sector petrolífero.