O pagamento antecipou a quitação de todos os contratos de financiamento vigentes com o Tesouro Nacional do Brasil e com o Banco Nacional do Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), que chegaram a somar cinco mil milhões de dólares e poderiam ter sido pagos até 2024.
O Ministério da Economia do Brasil declarou que, entre 2005 e 2017, Brasil e Angola firmaram seis memorandos de entendimento para ampliar as exportações brasileiras, através do uso de contra-garantias em recursos de petróleo por parte do Governo angolano.
De acordo com o Jornal de Angola, o BNDES financiou 84 operações, que somaram 4,4 mil milhões de dólares, através da linha de crédito de Financiamento de Máquinas e Equipamentos (FINAME).
Esses financiamentos, escreve o jornal, foram garantidos pelo Estado, através do Seguro de Crédito à Exportação, que dá cobertura em caso de riscos comerciais ou políticos.
O Tesouro Nacional do Brasil direccionou ainda 628,5 milhões de dólares da linha Programa de Financiamento às Exportações – que tem o Banco do Brasil como agente financeiro –, para um total de 37 operações em Angola.
O saldo devedor quitado por Angola dizia respeito a 581 milhões de dólares das operações do BNDES e 8,3 milhões de dólares das operações do PROEX.