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“As dificuldades ainda sentidas não têm comparação com as vividas no período da guerra” - PR

Victória Maviluka
4/4/2024
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Foto:
DR

João Lourenço sublinha que, apesar de “mais difíceis e demoradas”, a pacificação dos espíritos e a “completa reconciliação nacional” atingiram “já resultados positivos”.

O Presidente da República, João Lourenço, admite a existência no País de “desigualdades” e muitas famílias a sofrerem “grandes carências”, mas afirma que tais dificuldades “não têm termo de comparação” com as registadas no período do conflito armado.

Em mensagem alusiva ao 4 de Abril, Dia da Paz e Reconciliação Nacional, João Lourenço recorda as centenas de milhares de pessoas que perderam vidas e bens e que se viram forçadas a abandonar as suas zonas de origem e tiveram de “sobreviver em condições difíceis de imaginar”.

“Hoje, já é possível circular dia e noite em todo o território nacional e tem estado a ser gradualmente reposta e aumentada a rede rodoviária e ferroviária, com destaque para o Corredor do Lobito, uma via capaz de criar uma vantajosa cooperação e estimular o surgimento de numerosos negócios associados. O transporte aéreo não foi descurado, sendo a recente inauguração do Aeroporto Internacional de Luanda uma porta aberta para o mundo”, diz o PR, numa nota publicada hoje na sua página oficial do Facebook.

No texto, o Chefe de Estado observa que, apesar de “mais difíceis e demoradas”, a pacificação dos espíritos, a recuperação dos traumas causados pela guerra e a “completa reconciliação nacional” atingiram “já resultados positivos” e a harmonia social é, hoje, “uma vitória de todos” os cidadãos.  

João Lourenço garante que as forças da ordem se têm dedicado ao combate dos focos de criminalidade que subsistem em alguns pontos do País, garantindo um ambiente seguro para o trabalho e o lazer.  

“As normais disputas num regime democrático são dirimidas nos tribunais, em eleições livres e regulares e no Parlamento angolano que integra partidos de diferentes ideologias e com diferentes propostas políticas, no quadro da Constituição da República”, destaca.

Sublinha que o quadro acima descrito faz com que Angola se apresente como “um exemplo em África”, não sendo “por acaso” que o País é chamado a utilizar a sua experiência na resolução de conflitos, tanto na região dos Grandes Lagos como na África Central.

“O reconhecimento pela União Africana do Chefe de Estado angolano como Campeão da Paz é a prova mais evidente de que Angola se perfila como tenaz defensora da via pacífica e negociada para todos os conflitos, seja qual for a sua origem, condenando, de maneira categórica, todas as mudanças de regime pela via não-democrática e inconstitucional”, afirma o PR.

Esforços na recuperação de infra-estruturas “ainda se reflectem” nas contas públicas

Na mensagem alusiva aos 22 anos de Paz e Reconciliação Nacional, o Presidente da República frisa que a recuperação das infra-estruturas destruídas durante o conflito, o relançamento da vida económica, a desminagem dos campos têm exigido “um esforço gigantesco” do Executivo, com “consequências que ainda hoje se reflectem” nas finanças públicas.

“Os avultados investimentos nos sistemas de fornecimento de água potável e energia eléctrica estão já a beneficiar milhões de cidadãos, assim como na educação e na saúde, com a construção de inúmeros estabelecimentos de ensino de diferentes níveis e centros de investigação, assim como a construção de um considerável número de novas unidades hospitalares em todo o País, sendo muitas delas de referência”, descreve. 

João Lourenço realça que a aposta na agricultura e na agro-indústria, como forma de diversificar a economia e reduzir a dependência do petróleo, tem merecido o interesse de investidores nacionais e estrangeiros.