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BNA garante continuidade de oferta mensal de cerca de 600 milhões USD em resposta às necessidades de divisas

Victória Maviluka
12/4/2024
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Foto:
DR

Governador do BNA recordou que, em Maio e Junho do ano passado, se registou uma redução “muito substancial” das disponibilidades de divisas em moeda estrangeira.

O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel António Tiago Dias, assegurou que a instituição vai continuar com a política de oferta mensal de divisas para fazer face às necessidades de importação de bens e serviços.

Em declarações exclusivas à E&M nesta quinta-feira, 11, em Luanda, à margem da 10.ª edição dos Prémios Sirius, o governador do banco central recordou que, no ano passado, concretamente nos meses de Maio e Junho, se registou uma “redução muito substancial” das disponibilidades de divisas em moeda estrangeira, com impacto sobre o funcionamento do mercado cambial, tornando-o, “cada vez mais, desafiante”.

“Mas, tal como temos estado a fazer referência, temos um novo patamar de oferta mensal de moeda estrangeira no mercado, em média 600 milhões de dólares por mês, e é com estes recursos que a economia deve fazer face às suas necessidades de importação de bens e serviços do exterior do País”, realçou Manuel António Tiago Dias.

Esta semana, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José Massano, disse, na Matala, província da Huíla, que, no decurso deste mês, o Tesouro Nacional vai organizar mais uma operação de venda de divisas, mas observou ser necessário capitalizar e potenciar os produtores de bens essenciais para que se reduza a importação e se sinta menos necessidade de obtenção de divisas.

Convidado a comentar a respeito, o governador do BNA recorreu ao estatuto de órgão regulador independente de que goza legalmente o banco central para evitar replicar as intervenções dos membros do Executivo.

Na recente visita ao perímetro irrigado da Matala, José Massano reiterou que a solução para que o País vença o dilema das divisas passa por criar capacidade de incrementar a produção, porquanto Angola está “muito dependente da importação de alimentos".

O ministro de Estado para a Coordenação Económica observou que Angola tem menos recursos cambiais disponíveis devido à oscilação do mercado da principal commodity e aos compromissos com o financiamento externo.

“Temos menos recursos cambiais disponíveis. A nossa principal fonte geradora de receitas cambiais, com 95%, tem como proveniência o petróleo, e há queda, além de que, devido aos compromissos que o País assumiu, com recurso ao financiamento externo, temos momentos em que devemos fazer pagamentos do serviço da dívida, o que coloca pressão à gestão de cambiais”, referiu.