3
1
PATROCINADO

Cuidado com o Estado mínimo

José Gualberto Matos
25/4/2019
1
2
Foto:
Carlos Aguiar

Alguns sectores da sociedade angolana defendem a libertação do Estado das funções de natureza económica, privatizando tudo, e que a concorrência é a solução, o que pode causar consequências.

O mundo assiste, um pouco por toda a parte, a um profundo acentuar da desigualdade e da indignação, resultado de políticas públicas que falharam na criação de estabilidade social. O principal instrumento de estabilização social é o emprego, e a perda ou precarização do emprego está na origem das perturbações sociais, mais ou menos violentas, como a recente revolta dos coletes amarelos em França. Não deixa de ser significativo o longo rol de exigências feitas pelos coletes amarelos, que vão desde a exigência de cessar a construção de grandes áreas comerciais em torno das principais cidades, que prejudicam os pequenos negócios, a proibir as deslocalizações para proteger a indústria francesa, a não vender propriedades de França (como barragens, estradas e outras infra-estruturas), a preservar o salário mínimo, a indexar os salários à inflação e a alargar a segurança social.

Os sinais que nos chegam de outras paragens devem servir de alerta. Os resultados da recente eleição no Brasil e da última eleição nos EUA, o que se está a passar na Venezuela, um país produtor de petróleo em crise profunda, e mais recentemente em França, são sinais que não devem ser ignorados, mas sim estudados. Assim como os sinais internos, como a recente reacção das nossas zungueiras. Porque, em última instância, o Estado existe para servir a Nação.

Leia mais na edição de Janeiro de 2019

Economia & Mercado – Quem lê, sabe mais!