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Estrangeiros investem menos em Angola com IDE a tombar 36% no segundo trimestre

Domingos Amaro
26/9/2022
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A queda na entrada de 490 milhões de dólares é justificada pela redução de novos investimentos e maior recuperação do capital investido no sector petrolífero.

O investimento directo líquido em Angola, no segundo trimestre do ano em curso, foi deficitário em 1,84 mil milhões de dólares, contra 1,35 mil milhões do primeiro trimestre, revelam os dados do relatório da balança de pagamento, divulgado pelo Banco Nacional de Angola (BNA).

Feitas as contas, o Investimento Directo Estrangeiro (IDE) registou, de Abril a Junho, uma redução de 36%, cerca de 490 milhões de dólares a menos, em relação ao primeiro trimestre.

O documento do BNA justifica que a queda foi em função à redução de novos investimentos e maior recuperação do capital investido no sector petrolífero.

Os Estados Unidos da América (EUA), França e Itália foram os países que se destacaram no que se refere à origem do investimento directo estrangeiro destinado ao sector petrolífero. Quanto ao sector não petrolífero, o destaque recai para a África do Sul, Bielorrússia, Portugal e China.

Registou-se uma melhoria do fluxo líquido dos capitais de médio e longo prazos (dívida externa pública) em 1,4 milhões de dólares, ao passar de um défice de 294,8 milhões no primeiro trimestre para um superavit de 1,1 milhão, devido o aumento substancial dos desembolsos externos, com realce para os títulos soberanos (Eurobonds).

Outros capitais registaram uma redução do seu défice na ordem dos21,3%, ao cifrar-se em 2,3 milhões de dólares, contra os 2,9 milhões do primeiro trimestre. O resultado desta conta foi influenciado pelo aumento dos créditos comerciais concedidos a não residentes, face ao aumento do preço médio de petróleo bruto.