A inflação no Brasil subiu 0,78% em Fevereiro, mais do dobro do 0,31% registado em Janeiro e, também, levemente superior ao 0,76% do período homólogo de 2023, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), explicando que o resultado foi pressionado pelos ajustes feitos no sector da educação.

“Dos nove grupos de produtos e serviços analisados, oito registraram aumento de preços em Fevereiro, sendo que a maior variação (5,07%) e a principal repercussão (0,30 ponto percentual) veio do ensino”, lê-se.

Dentro desse grupo, diz o IBGE, a maior contribuição veio dos cursos regulares, que subiram 6,13%. 

Além disso, a instituição estatística do Brasil explicou que esses serviços têm sido reajustados no início do ano escolar.

Outros aumentos envolveram os grupos de comunicação (1,67%), alimentação e bebidas (0,97%), bem como saúde e cuidados pessoais (0,76%). O único grupo que teve deflação foi o de vestuário (-3,9%).

Com o resultado de Fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) naquele país alcançou 1,09% nos primeiros dois meses do ano e, em 12 meses, o indicador acumula alta de 4,49%. 

Para este ano, o Banco Central do Brasil persegue uma inflação de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e, também, 1,5 ponto percentual para baixo. O número revela-se menor aos 4,62% de inflação registado em 2023, 

O IPCA é o índice oficial de inflação do Brasil. Serve de referência para o regime de metas perseguido pelo Banco Central.

Para este ano, os analistas do mercado financeiro projectam que o índice oficial fechará em 3,80%. Em 2023, o Brasil registrou uma inflação de 4,62%, a menor desde 2020.