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Liderança em tempos de mudanças e de crise

Cláudio Luvi
13/4/2020
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Foto:
DR

As crises e mudanças acontecem e, a empresa ou organização precisa continuar, por isso a importância de se pensar a médio e longo prazo.

Diante de um cenário contemporâneo cada vez mais exigente, complexo, com novas tecnologias, mudanças económicas, políticas e sociais que podem afectar o mercado de trabalho de uma forma geral, o papel do líder passa a ser de extrema importância no contexto organizacional e diante das equipas de trabalho. Em situações de mudanças e crise, cabe ao líder recentrar o foco, estar em plena consciência de suas acções e atitudes e, principalmente, neutralizar as emoções e sentimentos negativos que vivencia diante das adversidades que afectam, negativamente, a ele próprio e a quem esteja à sua volta, como por exemplo: tristeza, raiva, ansiedade e medo. Deve decidir a “intensidade e o tempo” de cada emoção e sentimento, administrando ou evitando que ultrapassem os limites. Uma das características que se costuma instalar em momentos de mudanças e crise é o “medo” e, o medo só faz pensar no curto prazo. Pelo contrário, nesse momento é importante pensar em estratégias não só de curto prazo, mas principalmente a médio e longo prazo. As crises e mudanças acontecem e, a empresa ou organização precisa continuar, por isso a importância de se pensar a médio e longo prazo, ter uma visão mais ampla da situação, focando na retomada e no crescimento organizacional de forma sustentável.

Os líderes têm que sair da ilha, sair de cena, sair de si, olhar e observar de fora, primeiro começar por observar a si mesmo, a postura, como administra a fala, tom de voz frente aos membros da equipa, como gere a energia pessoal, ou seja, se gasta toda a energia logo nos primeiros minutos do trabalho em tempos de mudanças e crises...

Algumas características, competências e habilidades fazem-se necessárias em tempos de gerenciamento de mudanças e crises, como: flexibilidade, multifuncionalidade, ter facilidade em adaptação aos novos contextos, ter foco, clareza nas acções, e acompanhado de uma boa comunicação clara e eficaz frente aos colaboradores de sua equipa e colegas de uma forma geral dentro da organização. Acredito também como uma das principais características ter “visão sistémica”, ou seja, visão de tudo e do todo, é sair da ilha, como diz a frase “É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não saímos de nós”, do pensador José Saramago.

Diante desta frase e sentido, quero levar a reflexão que os líderes têm que sair da ilha, sair de cena, sair de si, olhar e observar de fora, primeiro começar por observar a si mesmo, a postura, como administra a fala, tom de voz frente aos membros da equipa, como gere a energia pessoal, ou seja, se gasta toda a energia logo nos primeiros minutos do trabalho em tempos de mudanças e crises; ter a percepção de como andam os ânimos dos membros da equipa, interagindo e incentivando-os quando necessário, além de apresentar, consciencializar a responsabilidade de cada membro da equipa dentro do contexto e ambiente físico, onde o risco é de todos; que saiam das posições confortáveis e vivenciem novas ideias e experiências, deixando claro que as mudanças são necessárias; acompanhar as novas tecnologias e tendências, estando atento ao mercado e as políticas externas que podem afectar a área ou a estrutura organizacional como um todo.

Em suma, ter visão sistémica trata-se de uma tendência do presente e futuro, é ter uma visão mais ampla de si, das pessoas, do negócio, da organização como um todo e, o que acontece no mundo, desta forma facilitando as acções em tempos de mudanças e crises que possam vir a surgir.