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Oferta de cereais a países africanos pela Rússia não fará baixar preços, alerta Guterres

Redacção_E&M
28/7/2023
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Foto:
DR

A Ucrânia é origem de percentagem significativa dos cereais que chegam, por exemplo, a países em África, e a União Europeia.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou a disponibilidade da Rússia para oferecer toneladas de cereais a seis países africanos, alertando que esta acção não irá contribuir para baixar os preços dos alimentos no mundo.

Presidente russo Vladimir Putin anunciou , na sessão de abertura da cimeira Rússia-África, em São Petersburgo, que Moscovo poderá enviar gratuitamente entre 25 mil e 50 mil toneladas de cereais a seis países africanos nos próximos quatro meses, nomeadamente Burkina Faso, Zimbábue, Mali, Somália, República Centro-Africana (RCA) e Eritreia.

"Não é com um punhado de donativos que vamos corrigir o impacto dramático da subida dos preços dos cereais que afecta toda a gente em todo o lado", sublinhou Guterres, lamentando a saída da Rússia dos chamados acordos do mar Negro, que paralisou as exportações ucranianas de cereais.

"A remoção de milhões e milhões de dólares em cereais do mercado leva a preços mais altos do que ocorreria com o acesso normal dos cereais ucranianos ao mercado internacional. Esse impacto será pago pelo mundo inteiro e, especificamente, pelos países em desenvolvimento e pelas populações mais pobres e vulneráveis", alertou.

Moscovo suspendeu em 17 de julho o acordo para exportação de cereais da Ucrânia através do mar Negro, que estava a vigorar há quase um ano, justificando a decisão com o bloqueio das sanções ocidentais às exportações dos seus produtos e fertilizantes agrícolas.