É formador inscrito no IFAL – Instituto de Formação daAdministração Local, mestre em Ciências Jurídico-Económicas e Desenvolvimento ePós-Graduado em Administração Local pela Faculdade de Direito da UniversidadeAgostinho Neto. Especialista em Inovação Social e Liderança em Organizações NãoGovernamentais, Belarmino Jelembi elogia algumas mudanças de atitude nas políticas para o sector agrícola, mas defende que é necessário fazer-se o que é primordial: apostar-se no desenvolvimento do comércio e na investigação agrária.

Que avaliação faz da estratégia económica do Governo para o sector agrícola, um ano após o lançamento da Campanha 2017/2018?

Em termos gerais, o discurso do Presidente JoãoLourenço, em 2017, no Huambo, por ocasião da abertura da Campanha Agrícola,apontou para questões fundamentais, nomeadamente a problemática no acesso àterra, aos insumos agrícolas, ao crédito financeiro, a agricultura familiar e,tambén, o desenvolvimento dos pequenos e médios empresários agrícolas. Emtermos globais, parece uma estratégia certa.

Mas o discurso não aponta para um programa, concreto,para o desenvolvimento do sector agrícola. Como avalia este pormenor?

É evidente que a estratégia de desenvolvimento do sector implica mudanças políticas de um modo geral, pois o desenvolvimento do sector, mais que uma questão política, é uma questão técnica. Ao longo dos anos foram feitas opções privilegiando grandes projectos de iniciativa pública e que, boa parte deles, falharam. O discurso de João Lourenço deve ter reflexos na prática, criando-se instrumentos que favoreçam o exercício da actividade agrícola,incentivando-se, por exemplo, a concessão de modo sério e fiscalizando-se os créditos ao sector.

Leia mais na edição de Outubro de 2018.

Economia & Mercado - Quem lê, sabe mais!