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Parlamento aprova adesão à ‘África 50’ e Angola vai atrás de financiamento de 100 milhões USD

Victória Maviluka
26/3/2024
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Foto:
DR

Iniciativa, fundada pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), é promotora de mobilização de capital privado para investimento de infra-estruturas no continente africano.

A Assembleia Nacional procedeu, nesta segunda-feira, 25, à aprovação final da adesão de Angola à ‘A África 50’, uma organização internacional de investimento em infra-estrutura, que permite ao país assegurar um financiamento de 100 milhões de dólares.

Domingos Vieira Lopes, secretário de Estado para as Relações Exteriores, explicou que a instituição é promotora de mobilização de capital privado para investimento de infra-estruturas no continente africano, posicionando-se, desta forma, como parceira estratégica do Executivo na concretização dos objectivos de investimentos concebidos no novo Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027.

Detalhou, citado pelo Jornal de Angola, que, com a adesão, Angola vê as portas abertas à subscrição de 100 mil acções ao preço de mil dólares, equivalentes a um valor total de 100 milhões de dólares, com vista a apoiar o Governo na mobilização de capital privado para investimentos em infra-estruturas.

Sobre o engajamento do País, o governante informou que a ‘África 50’, fundada pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), apresentou uma análise de reflexão, pois a adesão de Angola terá um impacto na materialização dos projectos em preparação.

"Notamos que a ‘África 50’ tem tido um engajamento limitado com as instituições angolanas, apesar de que, a 19 de Novembro de 2019, a ‘África 50 Project Development’ assinou um memorando de entendimento com o Ministério de Energia e Águas (MINEA), no sentido de se realizar um estudo de viabilidade para a concretização do programa de energia solar em Angola”, observou Domingos Vieira Lopes.

Acrescentou que, além deste engajamento com o MINEA, destaca-se o interesse em parcerias público-privadas e a preparação de projectos, baseando-se nos mecanismos de activos recicláveis e, adicionalmente, foram seleccionados outros de energia hidro e eólica.

Domingos Vieira Lopes realçou que o envelope financeiro da ‘África 50’, a ser disponibilizado ao País, depende do "apetite e viabilidade dos investimentos”, face à experiência com outros Estados-membros beneficiários.