3
1
PATROCINADO

Primeira exportação angolana de umbilicais segue para Indonésia

Redacção_E&M
2/12/2020
1
2
Foto:
DR

O primeiro projecto angolano de exportação de umbilicais (Mirax), com 13.2 quilómetros de extensão, seguirá hoje para a Indonésia, onde será instalado no campo de produção de gás com o mesmo nome.

De acordo com a Angop, a operação de embarque das cinco bobinas que transportam o produto, a bordo do navio “Jumbo Vision Rotterdan”, de bandeira holandesa, teve início nesta terça-feira, no cais da Sonamet, no Lobito, província de Benguela, e ficará concluída hoje, quarta-feira.

A directora geral da Angoflex (empresa angolana produtora de umbilicais), Isabel Paulo, disse que a carta de intenção do cliente “Technip/FMC Malásia, foi escrita em 2019, tendo a petrolífera italiana ENI como operadora do projecto.

Segundo a gestora, o prazo de entrega estava previsto para Março de 2020, mas só será possível agora devido aos constrangimentos originados pelo atraso na importação de equipamentos e acessórios, bem como a pandemia da Covid-19.

Além das bobinas que serão instaladas em “offshore” na Indonésia, escreve a agência nacional de notícias, há mais duas com um total de 6,5 km que ficarão armazenadas na empresa para substituir algum umbilical que apresentar problemas técnicos. Participaram no “Mirax”, 59 trabalhadores da Angoflex, com assessoria de cinco expatriados, principalmente na fase de acabamentos dos equipamentos do projecto. “Neste momento desafiante, os trabalhadores orgulham-se em entregar este projecto com sucesso e esperam que o mesmo possa atrair grandes clientes e trazer outros do género para ajudar o nosso país na captação de divisas”, desabafou.

O governador de Benguela, Rui Falcão, disse, por seu turno, ser um motivo de orgulho na medida em que os angolanos estão a utilizar tecnologia de ponta para exportá-la a países com desenvolvimento superior ao de Angola.

De acordo com a Angop, o governante revelou que acompanhou o projecto desde o início e tem estado a fazer diplomacia com a finalidade de abrir portas dos mercados petrolíferos para Angola. “No ano passado estivemos nos Estados Unidos da América com este objectivo e os frutos já começam a aparecer. Vamos produzir meios para a Chevron, Total e outras companhias para dar continuidade a este trabalho”, enfatizou.

Segundo escreve a Angop, a par deste projecto, estão a ser fabricados mais três, nomeadamente o Dália, o Zínia e o Platina, todos para serem instalados em Angola. A fábrica angolana de umbilicais, fundada em 2003 no Lobito, é uma empresa mista entre a Technip, a FMC e a Sonangol, com um record de mais de 560 quilómetros do produto instalados no offshore angolano. Até ao momento, é a única em Angola e em África na produção de umbilicais ou cabos flexíveis (cabos eléctricos e tubos super duplex) que fazem funcionar os equipamentos petrolíferos instalados no fundo do mar.