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Uma premonição

Justino Pinto de Andrade
21/6/2019
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Foto:
Carlos Aguiar

O Marcelo Rebelo de Sousa declarou que, caso Bruxelas não consiga “levar por diante o seu projecto de integração, não haverá praticamente países europeus nas cimeiras G7 daqui a 10 ou 20 anos”.

O Presidente português fez tais declarações durante uma entrevista prestada ao jornal "Público" daquele país lusófono. Essa frase do Presidente português tem um significado muito profundo. Primeiro, porque interliga a futura importância relativa dos países europeus ao êxito do processo de integração em curso. Ou seja, sem uma Europa unida, forte e coesa, os países europeus perdem competitividade, diminuem a sua eficácia e, sobretudo, a sua relevância face aos principais concorrentes. Assim sendo, dentro de 10 ou 20 anos, emergirão na cena internacional outros actores globais capazes de influenciar os destinos da economia e da política internacional. Quer isto dizer que o centro de gravidade das relações económicas internacionais se deslocará  para outras geografias, relegando a Europa para for a daquele mapa restrito que, em conjunto, tem ajudado a definir a pauta da economia e da política mundial.

De facto, o futuro da Europa enquanto projecto de integração está posto em causa pelas variadas contradições que se que se manifestam no seu seio. O alargamento do espaço geográfico de integração, visto já por algum como  precipado, fez com a integração, visto já por alguns como precipitado, fez com que nele entrassem países situados mais para a Leste.

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