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“A nossa tríade nuclear é mais moderna do que qualquer outra tríade”, avisa Putin

Victória Maviluka
14/3/2024
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Foto:
DR

Vladimir Putin garantiu que o país está pronto para usar armas nucleares, se for uma questão da existência do Estado russo ou de danos à sua soberania e independência.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ressaltou o poderio nuclear russo, reagindo, à guisa de recado, à eventual presença de tropas ocidentais na Ucrânia.

Em entrevista, esta semana, à televisão estatal russa, Putin avisou que a presença de tropas norte-americanas na Ucrânia seria considerada uma escalada no conflito e que “será assim tratada” se vier a acontecer, embora tenha dito não acreditar neste cenário.

“De um ponto de vista técnico-militar, nós estamos, é claro, prontos”, garantiu, citado pela Lusa, o presidente russo, quando questionado se Moscovo está preparado para uma guerra nuclear. 

“A nossa tríade nuclear é mais moderna do que qualquer outra tríade. Somente nós e os americanos temos realmente tais tríades. E avançámos muito mais aqui”, afirmou Putin, referindo-se ao arsenal tripartido de armas da Rússia, lançadas a partir de terra, mar e ar.

A propósito da questão colocada, garantiu que o país está pronto para usar armas, “incluindo quaisquer armas - incluindo as armas que mencionou - se for uma questão da existência do Estado russo ou de danos à nossa soberania e independência”. 

Putin também afastou o cenário colocado pelo presidente francês, que não descartou o envio de tropas para a Ucrânia, dizendo que “os militares dos países ocidentais estão presentes na Ucrânia há muito tempo” - aqueles a quem o Kremlin chama de  mercenários - “mas se falarmos de contingentes militares oficiais de países estrangeiros, tenho certeza de que isso não mudará a situação no campo de batalha”.

Embora tenha dado este sinal de confiança de que Moscovo alcançará os seus objectivos na Ucrânia, Vladimir Putin disse estar aberto a negociações, acrescentando que qualquer acordo exigiria garantias firmes do Ocidente. 

“Estamos preparados, mas apenas para negociações que não se baseiem em alguns desejos após o uso de psicotrópicos, mas nas realidades que foram criadas, como dizem nestes casos, no terreno”, frisou.