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Cheias afectam mais de 28.700 famílias em Timor-Leste

Cláudio Gomes
27/4/2021
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Foto:
DR

Passados 18 dias desde o início das cheias, mais de 4.300 pessoas continuam a ser deslocadas em pelo menos sete centros de acolhimento, em Díli, capital de Timor-Leste.

De acordo com o último balanço do Ministério da Administração Estatal (MAE) timorense, no geral, as cheias afetaram mais de 28.700 famílias em todo o país, 32 mortos e nove desaparecidos, a maior das quais na capital, com perdas de casas, bens pessoais e plantações agrícolas, entre outros.

O relatório do MAE, datado de segunda-feira, 26 de Abril, citado pela Lusa, refere que os dados atualizados mostram que ficaram destruídas ou danificadas 4.546 casas e mais de 2.160 hectares de campos de cultivo (especialmente em Manatuto, Bobonaro, Liquiçá e Viqueque), além de 42 estradas, 23 pontes e 29 outras infra-estruturas, incluindo escolas e outros edifícios públicos.

A nível nacional, refere a agência portuguesa de notícias, foram afetadas 28.734 famílias, das quais 25.881 no município de Díli (90%) e 2.853 (10%) nos restantes municípios, sendo que das 25.881 famílias afectadas em Díli, 834 (com 4.356 pessoas) encontram-se ainda em sete centros de acolhimento.

Nos primeiros dias depois das cheias, o número de deslocados em Díli chegou aos 15.876.

Segundo a Lusa, o documento salienta que além dos 32 mortos já confirmados (13 em Díli, sete em Ainaro, quatro em Viqueque, dois cada em Manatuto e Covalima e um cada em Aileu, Baucau, Liquiçá e Oecusse), as autoridades registaram nove desaparecidos, três em Ainaro, três em Manaturo, dois em Díli e um em Bobonaro.

Está em curso, para recolher toda a informação, a preparação de vários inquéritos e até uma aplicação, onde são detalhados dados de estragos de bens familiares, no sector empresarial privado e em infra-estruturas.

Foram já feitos 1.655 registos de chefes de família, segundo o MAE, 83 de infra-estruturas em sucos (divisão administrativa) e 12 de estragos no sector privado.
Cristo Rei, Dom Aleixo e Vera Cruz foram as zonas mais afetadas em Díli, de acordo com os dados disponíveis.

O Governo indicou que ter já distribuiu apoios a 5.323 famílias das mais de 19 mil afetadas pelas cheias, em Díli.

Além da produção agrícola, as cheias causaram ainda a perda de 832 animais, entre búfalos, vacas, galinhas e cabras, e a perda de vários barcos de pesca.