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Com 51,8%, médicos expatriados são a maioria a operar em Angola

Victória Maviluka
19/4/2024
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Foto:
DR

Mão-de-obra médica expatriada supera em 279 o número de nacionais desta classe, representando cerca de 52% dos médicos que operam em Angola.

O sector da Saúde regista 7.395 médicos a operarem em Angola, 3.837 dos quais expatriados, estes que dominam, assim, com 51,8%, a representação da classe no País, constatou o E&M a partir de dados divulgados pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.

“O Serviço Nacional de Saúde conta com um total de 7.395 médicos, dos quais 3.558 nacionais. Destacar que, no âmbito da cooperação internacional, o sector da Saúde tem 1.350 profissionais estrangeiros, sendo 1.077 cubanos, 198 russos e 84 vietnamitas, colocados, maioritariamente, nas províncias do interior”, disse Sílvia Lutucuta, em entrevista, esta sexta-feira, 19, ao Jornal de Angola.

Com base nos dados da titular da Saúde, é possível inferir que, dos 3.837 médicos expatriados, 2.487 não fazem parte do quadro de cooperação entre o Estado e os seus parceiros internacionais.

No total, a mão-de-obra médica expatriada supera em 279 o número de nacionais desta classe no País. Ou seja, cerca de 52% dos médicos que operam em Angola são especialistas vindos de outros países.

Ao diário público, a ministra da Saúde afirmou que o compromisso do Executivo é de, até 2027, “reduzir, substancialmente”, a força de trabalho expatriada.

Para tal, acrescentou Sílvia Lutucuta, além das acções formativas de especialização que decorrem nas diferentes unidades sanitárias, actualmente, existem 3.202 médicos internos, e foi aprovado o Programa de Formação em Recursos Humanos em Saúde.

“Até 2027, [este programa] prevê formar (...) 38 mil profissionais de todas as categorias, para trabalharem em todas as províncias. Estes, futuramente, vão suprir as necessidades do sector”, perspectivou.