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EUA pretendem elevar para cerca de 100 milhões USD apoio à estabilização em Cabo Delgado

Victória Maviluka
22/3/2024
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Joe Biden anunciou, há dois anos, a selecção de Moçambique como "país prioritário" para a estratégia norte-americana de prevenção de conflitos e promoção de estabilidade.

Os Estados Unidos da América pretendem reforçar com mais 22 milhões de dólares os fundos de apoio aos "esforços de estabilização" em Cabo Delgado, Norte de Moçambique, anunciou, em comunicado, a Embaixada dos Estados Unidos em Maputo.

A propósito da conclusão da visita recente a Moçambique da secretária adjunta do Gabinete de Operações de Conflitos e Estabilização do Departamento de Estado, Anne A. Witkowsky, a representação diplomática norte-americana no país do Índico observou que o desembolso desta nova ajuda depende, no entanto, da aprovação no Congresso.

"Com este investimento, os Estados Unidos terão dedicado quase 100 milhões de dólares em assistência focada em estabilidade para o Norte de Moçambique desde 2022. Este financiamento complementa a assistência ao desenvolvimento e humanitária mais ampla fornecida pelos Estados Unidos em todo o país", lê-se na nota, citada pela Lusa.

Referenciada no comunicado, Witkowsky sublinhou que o progresso de Moçambique rumo a uma paz sustentável é essencial para a prosperidade económica de todos os seus cidadãos e para a segurança da região.

“Os Estados Unidos estão comprometidos em apoiar os parceiros moçambicanos para avançar num esforço integrado para a paz e estabilidade em Cabo Delgado e nas províncias circundantes”, acrescentou Witkowsky, enfatizando a protecção civil, o acesso à justiça, o desenvolvimento económico inclusivo e a governação transparente e democrática.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou, em Abril de 2022, a selecção de Moçambique como "país prioritário" para a estratégia para prevenir conflitos e promover estabilidade.

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Depois de uma ligeira acalmia em 2023, estes ataques multiplicaram-se nas últimas semanas, criando cerca de 100 mil deslocados só em Fevereiro último, além de um rasto de destruição, morte e famílias desencontradas.