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Lula volta à carga: “O genocídio na Faixa de Gaza questiona nosso senso de humanidade"

Victória Maviluka
29/2/2024
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Foto:
DR

Presidente brasileiro mostrou-se inconformado com os trilhões de dólares gastos anualmente em guerras, quando, pelo mundo, há carências de alimentos.

Lula da Silva voltou a associar, esta semana, a acção de Israel na Faixa de Gaza a “genocídio”, afirmação que, recentemente, produziu um ‘irritante’ diplomático com as autoridades israelitas, que o consideraram “persona non grata”. No encontro de líderes do Caribe, o Presidente do Brasil referiu que a situação na Faixa de Gaza questiona o “senso de humanidade”.

“O genocídio na Faixa de Gaza afecta toda a nossa humanidade, porque questiona o nosso próprio senso de humanidade e confirma, uma vez mais, a preferência pelos gastos militares em vez de investimentos no combate à fome na Palestina, África, América do Sul e Caribe”, descreveu Lula em Georgetown, capital da Guiana.

Referiu-se, igualmente, à Guerra na Ucrânia e reiterou as críticas aos valores gastos em armamentos para alimentar conflitos, diante do encarecimento de alimentos e fertilizantes em muitas partes do mundo. 

"Não é possível que o mundo gaste, por ano, 2,2 trilhões de dólares em armas. Todos sabemos que guerras provocam destruição, sofrimento e mortes, sobretudo de civis e inocentes. O Brasil seguirá lutando pela paz mundial. Uma guerra na distante Ucrânia afecta todo o planeta, porque encarece os preços de alimentos e fertilizantes", observou o líder brasileiro.

“Não perdoaremos e não esqueceremos” - Israel

Há pouco mais de duas semanas, Lula da Silva foi considerado “persona non grata" em Israel. A afirmação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores do país, Israel Katz, após o Presidente brasileiro comparar as acções de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus na Segunda Guerra Mundial.

“Não perdoaremos e não esqueceremos — em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel. Informei ao Presidente Lula que ele é uma personalidade indesejável em Israel até que ele peça desculpas e se retrate das suas palavras. A comparação é um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto”, disse Israel Katz.