Pelo menos 94 pessoas morreram em resultado do naufrágio de uma embarcação que saía de Lunga, província de Nampula, com destino à Ilha de Moçambique, no norte. Além disso, 26 pessoas continuam desaparecidas.

A informação foi avançada hoje, segunda-feira, 8 de Abril, pelo administrador do Instituto de Transportes Marítimos de Moçambique (INTRASMAR), Lourenço Machado.

Em declaração à emissora estatal TVM, Lourenço Machado revelou que os 130 cidadãos que viajavam no barco de pesca, “sem licença para transportar pessoas, fugiam de Lunga para a Ilha de Moçambique com medo de serem contaminadas pela cólera, que tem assolado a região".

Segundo Silvério Nauaito, administrador da Ilha de Moçambique, as autoridades suspeitam que a sobrelotação terá sido o motivo do naufrágio.

Entretanto, notícias da TV Diário Nampula dizem que algumas pessoas viajavam. Mas outras citam o secretário de Estado da província, Jaime Neto, que disse à Televisão de Moçambique (TVM) que a maioria dos passageiros terá viajado para a ilha devido ao pânico causado pela desinformação sobre um surto de cólera.

Moçambique registou cerca de 15 mil casos e 32 mortes desde Outubro passado devido à doença. Nampula é uma das zonas mais assoladas e registou um terço dos casos.